Seis anos depois de V.A.L.O.R.E.S, o rapper e activista angolano MCK, pseudónimo de Katrogi Nhanga Lwamba, edita agora o seu quinto álbum de originais e tem um concerto marcado para o dia 7 de Junho no Musicbox, em Lisboa.

Sementes é a poesia realista de um país onde o "gérmen da pobreza" se reproduz e a corrupção ganhou a batalha, um país com uma paz tão militar que "mata mais que a guerra" e onde toda a incompetência é recompensada escreve o jornalista António Rodrigues que entrevistou MCK. Ler a entrevista (na íntegra) onde se fala também da situação política em Angola e de como é fundamental abrir caminho para a discussão das reparações. 

"Vamos completar 50 anos de independência no próximo ano e tens nacionalistas [patriotas] angolanos que morrem de doença prolongada em Portugal, porque Angola não conseguiu criar condições sanitárias ou hospitalares para que os seus próprios dignitários, os seus nacionalistas, as pessoas ligadas ao governo, possam tratar-se no seu país. Eu acho vergonhoso. É muito humilhante, passado este tempo todo, que até pessoas que se chamam de nacionalistas patrióticos tenham de mandar os filhos para serem formados no exterior. Não podemos continuar a adiar o sonho de Angola, a adiar o futuro de Angola", diz MCK  neste Ípsilon.

O editor do Ípsilon, Pedro Rios, já ouviu o novo disco Sementes. Ler a crítica ao disco

No sábado também a cantora Lætitia Sadier, ex-Stereolab, estará em Portugal a apresentar o seu quinto álbum a solo, Rooting For Love, que lançou em Fevereiro. 
Vem agora tocá-lo em Lisboa, à ZDB, em Lisboa, e em Braga, ao GNRation, sábado e domingo.

O jornalista Rodrigo Nogueira falou com ela. Ler a entrevista aqui.


(HENNING PHOTO)

Também esta sexta-feira e até domingo, a peça da companhia brasileira Pigmalião Escultura que Mexe, Fábulas Antropofágicas para Dias Fascistas, terá apresentações na recta final do FIMFA - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas no Teatro São Luiz, em Lisboa. O jornalista e crítico Gonçalo Frota fala-nos desta "história de medo, sedução, violência e manipulação: O fascismo contado em fábulas e na obra de Márcia Tiburi.

 

O escritor Michael Cunningham deu uma entrevista ao Ípsilon a propósito do seu novo romance. "Em Dia, começamos por observar o quotidiano de Dan, um ex-músico de rock, desejoso de regressar aos palcos, casado com Isabel, editora de fotografia de uma revista que já viu melhores dias. Entre ambos instalou-se um clima de afasia erótica, de distanciamento. Têm dois filhos, a etérea e misteriosa Violet, e Nathan, a entrar na puberdade. Com eles, no sótão, vive o irmão de Isabel, Robbie, um professor gay, catalisador das atenções e por quem todos estão apaixonados. Com a delicadeza poética e visionária que é seu apanágio, Cunningham explora os embates e as cisões entre os protagonistas", escreve a crítica literária Helena Vasconcelos que entrevistou o escritor norte-americano. Ler na íntegra.

Também a portuguesa Rita Canas Mendes se estreou no romance. A jornalista Isabel Lucas foi entrevistá-la a propósito de Teoria das Catástrofes ElementaresLer a entrevista aqui


(fotografia Rui Gaudêncio) 

Também neste Ípsilon:

➢ Filmes: Paixão; Assassino Profissional; O Bêbado; Jonas Mekas: Fragmentos do Paraíso

➢ Crónicas: Câmara Escurade Vasco Câmara; Acção Paralela, de António Guerreiro e Meditação na Pastelaria, de Ana Cristina Leonardo.

➢ Livro: Fala Mariam de Lisboa - Pintura 2003 - 2019, por José Marmeleira

➢ Música:  A Família,  de Cassete Pirata, por Gonçalo Frota

➢ Exposição: A jornalista Lucinda Canelas esteve em Antuérpia a ver a exposição de Jef Verheyen no KMSKA

E ainda:

No próximo dia 11 de Junho haverá Encontro de Leituras, o clube de leitura do PÚBLICO e da revista brasileira Quatro Cinco Um. Estão todos convidados. Quem quiser passar a receber informações sobre este clube pode enviar email para encontrodeleituras@publico.pt e passará a fazer parte da mailing list. 

Boas leituras!


Ípsilon no Spotify: as nossas escolhas; Leituras: o nosso site de livros; Cinecartaz: tudo sobre cinema