Eslovénia aprovou moção de reconhecimento do Estado da Palestina

A coligação liberal, no poder, dispõe de uma confortável maioria na assembleia de 90 membros e a votação deverá ser uma formalidade. A Eslovénia será o 146.º país a reconhecer o Estado da Palestina.

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O primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob Borut Zivulovic / REUTERS
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O governo da Eslovénia aprovou esta quinta-feira uma moção de reconhecimento do Estado Palestiniano e pediu ao parlamento que faça o mesmo, dois dias após o reconhecimento por parte de Espanha, Noruega e Irlanda.

O primeiro-ministro Robert Golob disse esta quinta-feira que o seu governo enviou a proposta de reconhecimento ao parlamento, que poderá reunir-se já na próxima semana. A aprovação parlamentar é necessária para que a medida entre em vigor.

A coligação liberal de Robert Golob, no poder, dispõe de uma confortável maioria na assembleia de 90 membros e a votação deverá ser uma formalidade.

A decisão do governo esloveno surge apenas dois dias depois de a Espanha, a Noruega e a Irlanda terem reconhecido a existência de um Estado palestiniano, uma medida que foi condenada por Israel.

Com esta decisão, a Eslovénia torna-se o décimo membro da União Europeia de 27 países a reconhecer oficialmente o Estado palestiniano.

A Noruega não é membro da UE, mas a sua política externa está normalmente alinhada com o bloco.

A Eslovénia iniciou o processo de reconhecimento no início de Maio, mas disse que iria esperar até que a situação no conflito entre Israel e o Hamas em Gaza melhorasse.

No entanto, Golob disse, esta semana, que estava a acelerar o processo em reacção aos últimos ataques de Israel a Rafah, que provocaram a fuga de mais de um milhão de palestinianos.

Mais de 140 países reconhecem um Estado palestiniano - mais de dois terços das Nações Unidas.

O reconhecimento de um Estado palestiniano fez cair a pique as relações entre a UE e Israel. A Espanha e a Irlanda estão a fazer pressão para que a UE tome medidas contra Israel pelos seus contínuos ataques a Rafah, no sul de Gaza.

Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de Outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que a ofensiva lançada por Israel depois do ataque já provocou mais de 36.200 mortos e a destruição de muitas infra-estruturas do enclave palestiniano.

Pelo menos 81.777 ficaram feridas no território palestiniano devastado, a maioria (cerca de 75%) mulheres e crianças, à medida que os bombardeamentos israelitas prosseguem.

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