Imagens da guerra já não têm o mesmo impacto. É a “banalização do terror informativo”
O que dessensibiliza o terror não é a violência, mas a repetição e a facilidade com que se bloqueia o telemóvel e tudo passa. Especialista diz que é “reflexo da evolução dos tempos e da sociedade”.
Acordar, pegar no telemóvel, abrir as redes sociais, ver cenários de guerra, ficar impressionado, fazer scroll: “passa de um vídeo do ataque que houve na Faixa de Gaza para um gatinho, para a Taylor Swift”, diz Alexandre Guerra, consultor de comunicação e especialista em assuntos palestinianos. Deixa de haver tempo para reflectir e as imagens, que em tempos mudaram o curso da História, perdem esse efeito — a repetição da violência dessensibiliza e faz com que “a opinião pública não pressione o poder político”.
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