Congresso colombiano aprova o fim das touradas

Deverá existir um período de transição para que as pessoas que dependem da actividade encontrem novas fontes de rendimento.

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a REUTERS/Luisa Gonzalez
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Com 93 votos a favor e dois contra, a Colômbia aprovou o projecto de lei que proíbe as touradas. A lei é aprovada sete anos depois de tentativas falhadas para proibir estes eventos, já proibidos em países da América Latina, como Argentina em Cuba, mas legais na maior parte do México e do Peru, por exemplo.

Aprovado esta terça-feira, o projecto de lei segue agora para o Presidente Gustavo Petro, para aprovação final — que se deverá acontecer, já que Petro congratulou a aprovação no X: “Parabéns aos que conseguiram fazer com que a morte deixasse de ser um espectáculo”, escreveu.

Assim que for definitivamente transformada em lei, está previsto um período de transição de três anos, para que as famílias que dependem das touradas consigam encontrar novas fontes de rendimento. Este é um dos argumentos usado pelos manifestantes pró-touradas, bem como o também usado por defensores em Portugal, que dizem que é uma forma de arte e cultura.

A Colômbia é um dos poucos países onde as touradas ainda são permitidas, a par com Portugal, França, Equador, Peru, Espanha e Venezuela.

Esmeralda Hernández, senadora do Congresso colombiano, referiu-se ao dia da aprovação como o dia mais feliz da sua vida. Juan Carlos Losada, membro do Congresso, agradeceu pelo resultado: “Hoje temos um país que diz que nenhuma forma de tortura pode ser considerada cultural neste mundo. A Colômbia é hoje um exemplo para o mundo, porque nos estamos a tornar numa sociedade menos violenta e, portanto, mais civilizada”, cita a CNN.

Alejandro Garcia, do partido Alianza Verde e um dos proponentes da lei, disse à Câmara de Representantes, depois da aprovação do projecto de lei: “Ao mundo inteiro, dizemos que a Colômbia está num processo de transformação cultural, onde todos os seres têm dignidade.”

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