Confrontos entre polícia e manifestantes junto à embaixada de Israel no México
Manifestantes atiraram pedras contra pelotão de polícias que bloqueava caminho para complexo diplomático no bairro de Lomas de Chapultepec, na Cidade do México. Polícia respondeu com gás lacrimogéneo.
Manifestantes entraram em confronto com a polícia perto da embaixada israelita no México, num protesto contra os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP). Mais tarde, foram atirados cocktails molotov contra o complexo diplomático, fazendo deflagrar vários fogos.
Na terça-feira à noite, os manifestantes, alguns com o rosto coberto, atiraram pedras contra um pelotão de polícias que bloqueava o acesso ao complexo diplomático no bairro de Lomas de Chapultepec, na capital, Cidade do México. As forças de segurança responderam com gás lacrimogéneo e, segundo relata a Al Jazeera, devolveram à multidão as pedras atiradas, repetindo o gesto.
A manifestação designada "Acção urgente por Rafah” reuniu cerca de 200 pessoas, inicialmente de forma pacífica, e foi convocada como protesto contra o bombardeamento israelita de um campo de deslocados internos em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, que provocou pelo menos 45 mortos e 249 feridos.
Em vídeos divulgados nas redes sociais é possível ouvir uma multidão gritar "Não é uma guerra, é genocídio", enquanto as chamas lavram junto à embaixada israelita. De acordo com a imprensa mexicana, ficaram feridos seis polícias na sequência dos confrontos, a maioria com queimaduras.
Ainda esta terça-feira, o Governo do México enviou ao Tribunal Internacional de Justiça um pedido para se juntar à África do Sul no processo em que acusa Israel de violar os termos da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. O mesmo requerimento já foi feito pela Nicarágua, Colômbia e Líbia.
Em reacção à decisão do executivo, o Presidente do país (que está em vésperas de eleições), Andrés Manuel López Obrador, recusou esta quarta-feira classificar a violência israelita em Gaza como um genocídio.