Depósitos de particulares aumentam 5% em Abril

Crescimento é influenciado pela “fuga” de depósitos em 2023, para aplicação em Certificados de Aforro.

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Depósitos bancários recuperam da forte saída de poupanças para Certificados de Aforro verificada no mesmo período do ano passado Ricardo Lopes
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Os depósitos bancários dos particulares ascenderam a 183,2 mil milhões de euros, no final de Abril, o que corresponde a mais 5%, ou mais mil milhões de euros, face ao mesmo mês de 2023, sendo esta a maior taxa de variação anual desde Dezembro de 2022.

Os dados, divulgados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) têm de ser enquadrados na forte saída de depósitos verificada na primeira metade do ano passado, para aplicação em Certificados de Aforro (CA), dada a boa remuneração da Série E. Beneficiando da subida da Euribor a três meses, as aplicações no produto do Estado aumentaram de forma sustentada até à suspensão desta série em Junho de 2023, e o respectivo lançamento de uma nova, a F, com uma rentabilidade significativamente inferior.

Estes depósitos apresentam, desde o início do ano, uma taxa de crescimento superior à dos empréstimos (5% e 0,7% em Abril de 2024, respectivamente), o que não acontecia desde Janeiro de 2023”, destaca o BdP.

Os depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso) aumentaram 500 milhões de euros. Ou seja, os restantes 500 milhões de euros correspondem a depósitos à ordem.

Crédito à habitação em recuperação

Do lado dos empréstimos, nomeadamente no destinado à compra de habitação, continua a verificar-se uma variação negativa.

Em Abril, o montante total de empréstimos cresceu em termos anuais pelo terceiro mês consecutivo, a um ritmo de 0,7%, mas devido ao aumento dos empréstimos ao consumo.

O montante total de crédito à habitação ascendeu a 99,2 mil milhões de euros, mais 200 milhões de euros do que em Março, mas a variação anual foi negativa 0,4% (menos 0,6% em Março)”.

“É o quarto mês consecutivo em que a taxa de variação anual dos empréstimos para habitação aumenta, ainda que se mantenha negativa”, refere o regulador.

Já os empréstimos ao consumo subiram cem milhões de euros, para 21,6 mil milhões, face ao mês anterior. Em termos homólogos, estes empréstimos aumentaram 6,2% em relação a Abril de 2023 e “o seu crescimento, em termos anuais, está a acelerar desde Janeiro de 2024”.

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