Novo director executivo do SNS já tem equipa. “É a melhor possível”

Tenente-coronel Gandra d’Almeida diz-se preparado para “cumprir funções”. Elogia o antecessor e avisa: “Não vou substituir pessoas que são insubstituíveis.”

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António Gandra d’Almeida ainda não sabe quando assumirá funções como director executivo do SNS DR
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O novo director executivo do Serviço Nacional de Saúde, o tenente-coronel António Gandra dAlmeida, aguarda ainda o parecer da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap) e a nomeação pelo Conselho de Ministros para poder iniciar funções. A equipa do conselho de gestão da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) que com ele vai liderar este instituto público já está escolhida. "É a melhor equipa possível”, disse ao PÚBLICO Gandra dAlmeida na véspera da apresentação do plano de emergência para o SNS prometido pelo Governo.

Foi na quarta-feira passada, e precisamente uma hora antes de o demissionário director executivo do SNS, Fernando Araújo, começar a ser ouvido na comissão de saúde no Parlamento, que o Ministério da Saúde anunciou o nome do seu substituto em comunicado.

Fernando Araújo tinha deixado expresso que queria sair no dia a seguir à entrega do relatório de actividades solicitado pela ministra Ana Paula Martins, mas afinal vai ter que esperar mais algum tempo até que o processo de nomeação de Gandra dAlmeida e da sua equipa esteja concluído.

“Vamos iniciar funções depois do parecer da Cresap, [o processo] está dependente da Cresap e do Conselho de Ministros. É uma questão de algum tempo, é normal”, afirma Gandra d’Almeida, sem adiantar os nomes dos cinco elementos que o vão acompanhar na tarefa de dar sequência às reformas iniciadas no ano passado.

O médico do Exército, que tem alguma experiência em medicina de catástrofe, admite que suceder a Fernando Araújo e passar a gerir as instituições do SNS é uma responsabilidade de monta. “Vou cumprir as funções, é o que é. O professor Fernando Araújo é uma pessoa excepcional, um gestor magnífico, com provas dadas. Não vou substituir pessoas que são insubstituíveis”, enfatiza.

Com 44 anos, o tenente-coronel foi, desde 2021 e até ao final de Janeiro deste ano, director da delegação regional do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ocupava até agora o cargo de comandante do Agrupamento Sanitário, desempenhando ainda funções de actividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar.

Antes disso, foi responsável pelas Vias Verdes da Região Centro do INEM, entre 2014 e 2019, e liderou a colocação e coordenação da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) do Barreiro, entre 2016 e 2018. Desempenhou ainda funções de chefia de equipa em serviço de urgências e participou em várias missões internacionais de apoio humanitário e em acções de medicina de catástrofe, como coordenador ou como operacional, nomeadamente no recente terramoto ocorrido na Turquia.

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