Novo líder executivo do SNS: “um homem habituado à organização e à operação no terreno”, diz ministra

Ana Paula Martins sublinhou aos jornalistas que novo director executivo “tem uma visão para o SNS que cumpre aquilo que o estatuto do SNS define para a Direcção Executiva”.

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Ana Paula Martins, ministra da Saúde JOÃO RELVAS/LUSA
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A ministra da Saúde considerou na manhã desta quarta-feira que o novo director executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “tem um currículo que fala por si”. Ana Paula Martins falava aos jornalistas à margem de uma visita ao centro de saúde de Algueirão-Mem Martins, em Sintra, pouco depois de o ministério que tutela ter divulgado, em comunicado enviado às redacções, que o sucessor de Fernando Araújo, que se demitiu do cargo há um mês, é António Gandra d’Almeida, tenente-coronel médico, de 44 anos.

“Tem uma visão para o SNS que cumpre aquilo que o estatuto do SNS define para a Direcção Executiva, que, em resumo, é garantir uma articulação e potenciar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde e das suas unidades de saúde trabalharem em rede e isto é uma das maiores virtudes deste currículo”, sublinhou a ministra.

O tenente-coronel foi director da delegação regional Norte do INEM — Instituto Nacional de Emergência Médica e é comandante do Agrupamento Sanitário, desempenhando ainda funções de actividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar. “É um médico, militar, um homem muito habituado à organização e à operação no terreno, um homem que esteve em missões internacionais em condições muitas vezes adversas”, referiu ainda Ana Paula Martins.

A equipa que vai integrar a Direcção Executiva do SNS, escolhida pelo novo director e composta com várias origens, será apresentada brevemente, adiantou ainda a ministra da Saúde. Sobre a nova equipa, considerou também que é interessante, que tem várias valências, com bastante experiência e que pode dar uma resposta operacional muito ligada ao terreno, no sentido de falar com os profissionais e de os ajudar a ter os instrumentos necessários a trabalhar em rede”.

Questionada pelos jornalistas sobre o que acrescenta António Gandra d’Almeida que Fernando Araújo não conseguia fazer, Ana Paula Martins defendeu que “essa não é a questão”, ao mesmo tempo que agradeceu ao director executivo do SNS demissionário, que termina o mandato nesta quarta-feira e com quem falou nesta manhã. Agradeci-lhe muito o trabalho que tem feito pelo Serviço Nacional de Saúde, que fez por Portugal e pelos portugueses. É uma gratidão que lhe devemos e desejar-lhe muito boa sorte para o futuro, que é no SNS.

Quanto ao trabalho a desenvolver no SNS, a governante frisou que tanto no plano de emergência, que deverá ser entregue até 2 de Junho, como no plano estrutural, o Governo vai continuar a investir na Medicina Geral e Familiar. “Toda a gente tem direito a ter médico de família, mas temos de começar pelo que é prioritário”, disse.

Fernando Araújo está na manhã desta quarta-feira a ser ouvido na comissão parlamentar de Saúde, a requerimento do PS, para explicar as razões que o levaram a pedir a demissão do cargo, após a ministra da Saúde ter dado 60 dias à organização para entregar um relatório com as reformas em curso.

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