Dezenas de estudantes barricados na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Estudantes solidários com a Palestina intensificam protesto na Universidade do Porto.

NEG Nelson Garrido - 18 Maio 2024 - PORTUGAL, Porto - Protesto dos estudantes universitários em defesa da Palestina no exterior da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Acampamento na FCUP, UP
Fotogaleria
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Nelson Garrido
p3,universidade-porto,porto,palestina,medio-oriente,universidades,
Fotogaleria
Estudantes barricaram-se no Departamento de Ciência de Computadores Nelson Garrido
Ouça este artigo
00:00
01:58

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Dezenas de estudantes barricaram-se na noite desta segunda-feira num edifício da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), num acto de protesto em solidariedade com o povo palestiniano, exigindo o corte de relações entre a universidade e Israel. A direcção da faculdade tinha imposto as 20h00 como limite para a ocupação do campus, ordem que os estudantes não acataram.

Pelas 19h30, alguns dos jovens em protesto reuniram-se com a directora da FCUP, Ana Cristina Freire, numa tentativa de alcançar um entendimento que passasse pelo corte de relações da Universidade do Porto com Israel.

Poucos minutos depois, Tomás Nery, do movimento "Estudantes do Porto em Defesa da Palestina", comunicou a mais de uma centena de pessoas reunidas no campus que a reunião tinha sido infrutífera e que a directora tinha terminado o encontro afirmando: "Ponham-se a andar daqui", contou ao P3.

Alguns dos manifestantes entraram então, pelas 20h, no edifício do Departamento de Ciência de Computadores, de dois andares, onde se barricaram. A manifestação mantém-se pacífica, garantem. Desde quinta-feira, 16 de Maio, que os estudantes estavam acampados no jardim da faculdade.

"O Tribunal Penal Internacional já reconhece o extermínio na Palestina. Quando é que a directora e o reitor o fazem?", lê-se numa das faixas lançadas pelos estudantes no interior do edifício. Lá fora, uma multidão gritava "Israel assassino, viva o povo palestino" e "From the river to the sea, Palestine will be free" (em português: "Desde o rio até ao mar, Palestina libertar").

A chamada da Polícia de Segurança Pública à faculdade, na sequência do incumprimento da ordem de retirada até às 20h, não desmobilizou os estudantes. Já de madrugada e sem presença policial, pelas 00h30 desta terça-feira, entre entre cinco a dez alunos permaneciam barricados numa sala, enquanto dezenas ocupavam os corredores do edifício, onde aguardam a eventual entrada do Corpo de Intervenção da PSP, como relatam ao P3 dois dos estudantes.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários