Volume de negócios da Sonae cresce 11% no primeiro trimestre

Resultado líquido ascendeu a 25 milhões de euros, praticamente o mesmo valor do ano passado.

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Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, destaca a "forma muito positiva com começou o ano" Anna Costa
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O volume de negócios consolidado do grupo Sonae ascendeu a 2,1 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 11% face ao período homólogo e que a empresa justifica pelo “forte investimento e crescimento dos negócios de retalho, com a MC e a Worten a reforçarem as suas posições de liderança”.

Na informação divulgada esta terça-feira ao mercado, o grupo (proprietário do PÚBLICO), destaca a melhoria de 13% no EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), para 180 milhões de euros, “traduzindo o investimento no desenvolvimento dos negócios e o sólido desempenho dos negócios de retalho e telecomunicações”.

“O resultado líquido atribuível aos accionistas atingiu 25 milhões de euros (mais 0,4%), mantendo-se estável face ao período homólogo”, avança a Sonae.

Cláudia Azevedo, CEO do grupo, citada no comunicado, realça “a forma muito positiva como começou o ano”, destacando “o sucesso da oferta pública de aquisição sobre a Musti, nos países nórdicos”.

“Em termos globais, o desempenho dos nossos negócios foi novamente forte neste trimestre, tendo resultado num crescimento adicional (+2% face ao final de 2023) do valor do nosso portefólio para 4,6 mil milhões de euros (2,38 euros/acção)”, acrescenta a gestora.

O investimento consolidado totalizou 1212 milhões de euros nos últimos 12 meses, superando os 700 milhões de euros no primeiro trimestre do corrente ano, em expansão orgânica dos negócios e aquisições, onde se destaca a compra da Musti, o retalhista nórdico de produtos para animais de estimação. Nesta operação, o consórcio liderado pela Sonae passou a controlar 81% do capital social da empresa.

“Apesar da persistência de condições macroeconómicas desafiantes e de um ambiente competitivo exigente nos diferentes mercados de retalho (...) a MC e a Worten "reforçaram as suas posições de liderança no mercado português”, lê-se no comunicado.

A MC, o principal “motor” do grupo, registou um aumento de 9,4% no volume de negócios, para 1,6 mil milhões de euros, “beneficiando do sólido desempenho tanto no negócio alimentar como no de saúde, beleza e bem-estar”.

No retalho de electrónica, o volume de negócios da Worten ascendeu a 310 milhões de euros, um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior, com as vendas no canal online a cresceram 17% e reforçaram o seu peso no volume de negócios total para 16%.

No sector imobiliário, a Sierra registou, numa base proporcional, um resultado directo de 15 milhões de euros (mais 3%), “essencialmente devido ao forte desempenho do portefólio europeu de centros comerciais, com o resultado líquido a atingir 14 milhões de euros”.

Ainda de acordo com informação divulgada, e relativamente ao negócio das tecnologias, é destacado que “a Bright Pixel continuou a executar a sua estratégia e a valorizar os investimentos do seu portefólio activo, que actualmente inclui 43 empresas localizadas em todo o mundo, em áreas como cibersegurança, tecnologias de retalho e infrastructure software”, e “o valor (NAV) e o capital investido do portefólio activo situaram-se nos 344 milhões de euros e 177 milhões de euros, respectivamente, representando um cash-on-cash potencial de 1,9x do portefólio actual”.

Nas telecomunicações, o contributo da Nos (pelo método de equivalência patrimonial) atingiu 24 milhões de euros, significativamente acima dos 10 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2023, “explicado pela melhoria do desempenho operacional e por um efeito não recorrente relativo ao recebimento de taxas de actividade na sequência de uma decisão judicial favorável”.

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