Dullmea estreia A estranha esperança dos pássaros para nos mostrar como soa Ñe’ese

Dullmea (Sofia Fernandes), artista e compositora que desde 2016 tem vindo a explorar as inúmeras possibilidades da voz e da electrónica em álbuns como Keter (2016), Hemisphaeria (2019), Orduak (2021, com Ricardo Pinto) e Lloc Comú (2023), lança esta segunda-feira um novo álbum a que deu o nome de Ñe’ẽsẽ e decidiu apresentá-lo com o videoclipe de uma das faixas, A estranha esperança dos pássaros, com realização de João Pedro Fonseca e edição adicional de Joaquim Fernandes, João Bico e Nuno Figueira. Ñe’ẽsẽ apresenta-se como “um álbum com componente visual que parte da recolha de elementos da natureza para a criação de material sonoro e visual”. E terá, por isso, uma edição física especial: “um marcador de livros feito com papel biodegradável de sementes, contendo um código de acesso ao álbum digital. Uma vez feito o download, este marcador pode ser usado como qualquer marcador de livro, ou plantado, gerando as sementes nele contidas (margarida ou camomila).”

No texto que acompanha o lançamento, Dullmea explica como chegou a este disco: “Ao longo do último ano tenho recolhido elementos da natureza e trazendo-os para o meu processo criativo. À medida que fui ficando mais fascinada com as minhas descobertas, quis convidar o meu querido amigo João Pedro Fonseca para criar vídeos para algumas das minhas composições. O álbum foi concluído quando o meu talentoso amigo Ricardo Pinto trouxe à tona toda a emoção e maravilha que eu procurava com as suas misturas. "Ñe’ẽsẽ" significa ‘voz’ em guarani.”

Com seis temas (Noite curva dia (morchella), Dores de crescimento (árvore), Folhas gerando vento de Outono (folha, líquen), Vinte mil léguas submarinas (ouriços), A estranha esperança dos pássaros e Folha de mão aberta (ave abanando leque)) este novo trabalho de Dullmea terá apresentações ao vivo em finais de Maio, dia 24 na Galeria MIRA - Artes Performativas, no Porto (18h) e dia 25 no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, em Guimarães (17h).