A baleia Bella vive num shopping há dez anos — agora há uma petição para a libertar

A baleia-branca Bella vive sozinha num aquário de um centro comercial em Seoul, onde nada em círculos. Activistas pelos direitos dos animais exigem que seja libertada imediatamente.

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A baleia Bella vive num aquário de um centro comercial da Coreia do Sul Hot Pink Dolphins via Dolphin Project/Twitter
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Grupo Hot Pink Dolphins exige libertação imediata da beluga Hot Pink Dolphins via Dolphin Project/Twitter
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Segundo os mesmos, Bella nada em círculos ou fica imóvel no aquário Hot Pink Dolphins via Dolphin Project/Twitter
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Bella, uma baleia-branca (ou beluga), faz parte da lista dos animais que foram capturados e vendidos com o objectivo de serem mostrados em jardins zoológicos, oceanários ou até centros comerciais.

Neste caso, foi capturada em 2013 no mar da costa da Rússia e levada para um aquário instalado no centro comercial Lotte World Aquarium, em Seoul, uma das principais atracções turísticas da capital da Coreia do Sul.

Nessa altura, Bella tinha dois anos e um tamanho que lhe permitia nadar com mais destreza no aquário que partilhava com mais duas baleias da mesma espécie, Bello e Belli, que morreram com cinco e 12 anos, respectivamente.

Segundo o Guardian, o grupo de activistas pelo bem-estar animal sul-coreano, os Hot Pink Dolphins (Golfinhos rosa choque, em tradução livre), está desde 2016, ano da morte de Bello, a tentar que a beluga seja libertada e transferida para um santuário animal à beira mar. Em 2020, conseguiram que o grupo que detém o centro comercial aceitasse fazê-lo, mas a pandemia impediu que o processo continuasse, até agora.

“Quase cinco anos se passaram desde que disseram que iriam libertá-la”, recorda ao diário britânico Jo Yak-gol, membro dos Hot Pink Dolphins.

Na semana passada, os activistas voltaram a manifestar-se no exterior do centro comercial com cartazes a exigir a libertação imediata de Bella. A par disto, lançaram uma petição internacional para que o mamífero possa ser levado para um santuário.

No site do grupo, Jo Yak-gol afirma os comportamentos da baleia, que tanto nada repetidamente em círculos como fica imóvel, indicam stress "e sinais de doença mental.”

Em comunicado citado pelo mesmo jornal, o Lotte World Aquarium garante que os direitos dos animais sempre foram uma preocupação e disse estar “pronto para libertar a baleia beluga a qualquer momento”. No entanto, questionado sobre o bem-estar da baleia, o grupo nada disse.

Como Bella foi capturada jovem e não conseguiria sobreviver se fosse libertada no oceano, o centro comercial acredita que transferir o mamífero para um santuário na Islândia, na Noruega ou no Canadá são as melhores opções. O tema, adiantam no mesmo comunicado, está a ser discutido com o Ministério dos Oceanos e das Pescas da Coreia do Sul, especialistas em baleias e grupos de bem-estar animal.

De acordo com os biólogos ouvidos pelo Guardian, as baleias beluga podem crescer até aos 5,5 metros, mas o aquário de Bella tem apenas 7 metros de comprimento. A par disto, é uma espécie cuja esperança média de vida varia entre os 35 e os 50 anos. Bello e Belli, os dois companheiros de aquário de Bella, morreram prematuramente.

Além de ser a última baleia do centro comercial, Bella é também uma das cinco que ainda estão em cativeiro na Coreia do Sul. Em Dezembro, o país proibiu a compra de baleias e golfinhos para exibição, mas os que foram capturados previamente podem continuar a viver em cativeiro.

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