Genes, ambiente e reparações históricas
Uma lógica de reparações históricas, baseada em substituições populacionais, arrisca tornar-se interminável. À luz dos nossos valores actuais, o passado está pejado de injustiças.
Quando os europeus chegaram à América, em 1492, os dois mundos que colidiram eram profundamente desiguais. As razões para isso, como conta o polímata norte-americano Jared Diamond no seu livro Armas, Germes e Aço (editora Temas & Debates), têm raízes na pré-história. Mais concretamente, na disponibilidade de animais e de plantas adequadas à domesticação, que era diferente em cada continente. Dito de outro modo, há cerca de 11.000 anos, no final da última glaciação, estávamos todos mais ou menos em pé de igualdade – éramos todos caçadores-recolectores.
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