Peso dos juros na prestação média da casa mantém-se acima de 60%
Taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação desce pelo terceiro mês consecutivo, para 4,606%, e nos recentes fica abaixo de 4%.
A descida da prestação do conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu em Abril, o que acontece pelo terceiro mês consecutivo, mas de forma muito lenta. O valor fixou-se em 4,606%, menos 0,7 pontos-base (ou 0,007 pontos percentuais) face a Março (4,613%), depois de ter fixado o máximo da série em Janeiro (4,657%).
Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), são explicados pela lenta descida das taxas, especialmente as Euribor, mas também tempo que os novos valores são reflectidos no conjunto dos empréstimos, a maioria dos quais são revistos a cada três, seis, ou 12 meses.
A lenta descida da taxa implícita também explica o elevado peso dos juros na prestação mensal, que ascendeu a 61% em Abril, o mesmo que em Março, e praticamente o mesmo desde Dezembro do ano passado. Há um ano, o peso ficava-se por 48%, altura que que a taxa estava em 3,11º%.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, para 4,606% em Abril, traduzindo uma descida de 0,7 pontos-base face a Março (4,613%).
A prestação média fixou-se em 404 euros, mais um euro que em Março, e 63 euros acima do registado em Abril do ano passado. E o capital em dívida subiu 186 euros, para 65.577 euros face ao período homólogo.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, que para esta estatística correspondem ao período entre Janeiro e Março, a taxa de juro desceu pelo sexto mês consecutivo, para 3,910%, menos 0,09 pontos percentuais face ao mês anterior e, pela primeira vez desde Junho de 2023, abaixo de 4%.
Naqueles contratos mais recentes, a maioria deles a taxas mistas – com um período de taxa fixa e depois variável (Euribor), o que ajuda a explicar a descida –, a prestação desceu oito euros face ao mês anterior, para 611 euros.
O capital médio em dívida diminuiu, fixando-se em 125.734 euros (125.354 euros em Março).