Festival Imaterial leva a Évora culturas e patrimónios do mundo de 17 a 25 de Maio

Começa esta sexta-feira, em Évora, a 4.ª edição do Festival Imaterial, com música, cinema, conferências, passeios pelo património e actividades para escolas e famílias.

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Lina_ actua na primeira noite, com o seu disco Fado Camões DR
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Concertos, cinema documental, conferências, conversas, passeios pelo património e, em estreia, actividades para escolas e famílias em interacção com artistas internacionais preenchem o programa do Festival Imaterial, a partir desta sexta-feira, em Évora. O festival que se prolonga até dia 25 de Maio é, segundo a organização, “um dos acontecimentos culturais que contribuíram para fazer de Évora a candidatura vencedora a Capital Europeia da Cultura em 2027”.

O Festival Imaterial, que vai na sua 4.ª edição, foi criado “à sombra do estatuto de Património Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO ao cante alentejano, mas também de olhos na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade”.

“Desde logo”, frisa a organização, “o desejo foi o de criar ligações entre estas duas dimensões patrimoniais", com “a música a dialogar com a paisagem (mais ou menos edificada)” e “deixando que as histórias cantadas hoje possam comunicar com as histórias que atravessam séculos”.

O arranque desta 4.ª edição é assinalado, às 19h, com uma visita ao Cromeleque Vale Maria do Meio, que contempla uma performance de Abraham Cupeiro, artista da região espanhola da Galiza, pode ler-se na programação. À noite, o palco do Imaterial passa a ser o centenário Teatro Garcia de Resende, em pleno centro histórico da cidade, com uma sessão dupla, em que a primeira actuação junta Abraham Cupeiro e a Orquestra de Câmara da Eborae Musica (às 22h).

Uma hora depois, apresenta-se ao público Lina_, com o novo disco Fado Camões, que “celebra a obra de Luís Vaz de Camões, na comemoração do seu 5.º Centenário”. O cartaz musical inclui igualmente actuações da portuguesa emmy Curl (dia 19) ou de Emel, artista tunisina e “uma das vozes da Primavera Árabe, directamente ligada à luta pela liberdade” (dia 24).

Os outros artistas presentes neste festival são Os do Fondo da Barra (Galiza), Carles Dénia - El Paradís de les Paraules (Comunidade Valenciana), Tablao de Tango (Argentina), Dasom Baek (Coreia do Sul), Meher Angez Trio (Paquistão), Duo Ruut (Estónia), Ustad Noor Bakhsh (Paquistão), Lena Jonsson & Johanna Juhola (Suécia / Finlândia), Maite Larburu (País Basco), Parveen & Ilyas Khan (Índia), Davide Ambrogio (Calábria), Cocanha (Occitânia), Melisa Yildirim & Swarupa Ananth (Turquia/Índia) e Tomasito (Andaluzia).

Com palcos “dentro e fora das muralhas da cidade”, o programa do festival inclui ainda um ciclo de cinema documental, centrado na “relação entre a música tradicional e a terra, abrangendo um amplo foco geográfico (do Quirguistão a Cuba) e um período de 50 anos”.

Entre outras componentes, o Imaterial reforça também, este ano, a parceria com a IN2PAST - Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território, que organiza grande parte das conversas e encontros e realiza a 1.ª Escola Doutoral “Boot Camp In2Future”, entre os dia 18 e 24 de Maio.

O Festival Imaterial é uma organização conjunta da Câmara de Évora e Fundação Inatel, com produção executiva da Gindungo e direcção artística de Carlos Seixas.

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