Inflação em Espanha subiu para 3,3% em Abril

Aumento do gás e abrandamento na descida da electricidade explicam ligeira subida. Inflação subjacente diminuiu.

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Produtos frescos e energia agravam inflação espanhola Marisa Cardoso
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Os preços em Espanha subiram 3,3% em Abril, mais uma décima do que no mês passado, divulgou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol. Este aumento numa décima da inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) deveu-se ao aumento do gás, que em Abril de 2023 tinha baixado, e a uma menor descida da electricidade do que há um ano.

A inflação em Espanha subiu em Março pelo terceiro mês consecutivo depois de três de descida.

Já a inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) foi 2,9% em Abril, menos quatro décimas, e tem vindo a moderar-se há nove meses consecutivos.

Espanha mantém pelo menos até meados do ano sem IVA os alimentos considerados básicos, assim como outras medidas de resposta à inflação.

Já na área da energia, o IVA (imposto sobre o consumo) da electricidade subiu de 5% para os 10% em Janeiro.

Espanha adoptou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia e de em Julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).

Ao longo de 2022, o país aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 45.000 milhões de euros, entre ajudas directas a consumidores e empresas e benefícios fiscais.

Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor em Janeiro de 2023 um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA de alguns alimentos e produtos considerados básicos.

Espanha fechou 2022 com a inflação mais baixa da União Europeia (5,7%) e no ano passado a taxa continuou a baixar, apesar de algumas oscilações durante o ano, chegando a Dezembro nos 3,1%.

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