Alexander Zverev trava Nuno Borges em Roma
O número um português garantiu a reentrada no top 50 do ranking mundial. “Sinto que estou no bom caminho”, disse.
Um ano depois de ganhar pela primeira vez num torneio Masters 1000, Nuno Borges saiu de Internazionali BNL d'Italia com um novo máximo nesta categoria de torneios ao ser eliminado nos oitavos-de-final. O melhor tenista português no activo foi impedido de ir mais longe por Alexander Zverev que, sem deslumbrar, justificou porque ocupa o quinto lugar do ranking mundial.
Perante um adversário que demorou a entrar em jogo, o tenista alemão descolou do marcador a 2-2, mas, no segundo set, não se registaram break-point até ao 5-5, altura em que o equilíbrio se desfez. Borges terminou o encontro de hora e meia com oito winners contra 25 de Zverev, que ganhou 82% dos pontos em que colocou o forte primeiro serviço.
“Não fiz um jogo por aí além, também mérito do Zverev – não é cinco do mundo por acaso –, que me deixou sempre desconfortável desde o início. Não consegui entrar bem no jogo, cometi erros a mais em jogos em que estive por cima, podia ter capitalizado um bocadinho melhor, também estava muito difícil nos jogos de resposta, o serviço dele não só é muito rápido mas também salta imenso, causa muitas dificuldades e acabei por cometer erros que paguei caro”, resumiu Borges (53.º mundial), após a derrota, por 6-2, 7-5.
Após a inédita campanha em Roma, onde assegurou o regresso ao top 50, Borges vai participar na próxima semana no ATP 250 de Lyon, antes de ir competir no Torneio de Roland-Garros. “No geral, estou muito contente pela minha prestação aqui, apesar do dia de hoje, sinto que estou no bom caminho e os resultados estão a demonstrá-lo. Tenho estado a jogar bem e agora é continuar a procurar mais e tentar ir mais longe nos torneios deste nível, jogar nestes grandes estádios, diante destes grandes jogadores e continuar a subir no ranking”, concluiu Borges.
Já Zverev vai, depois de qualificar-se pela 28.ª vez para os quartos-de-final de um Masters 1000 vai defrontar Taylor Fritz (13.º), que venceu Grigor Dimitrov (10.º), por 6-2, 6-7 (11/13) e 6-1. Outro americano em foco foi Tommy Paul (16.º), que eliminou o detentor do título, Daniil Medvedev (4.º), por 6-1, 6-4.
No Oeiras Open 4, que decorre no Complexo de Ténis do Jamor, a representação portuguesa ficou resumida a Jaime Faria, apurado para a segunda ronda na segunda-feira. O número dois português, Henrique Rocha (206.º), entrou bem diante do primeiro favorito, o norte-americano Alex Michelsen (69.º), mas cedeu, por 4-6, 6-3 e 6-4.
Gastão Elias (379.º) fez melhor do que no duelo anterior com o belga Joris De Loore (208.º), quando cedeu em dois sets em 2017, mas acabou por perder, por 6-4, 4-6 e 6-3. Antes Frederico Silva (408.º), o único dos sete tenistas lusos que entraram no qualifying a aceder ao quadro final, não aproveitou quando serviu a 5-3 em ambos os sets e foi afastado pelo sul-africano Lloyd Harris (128.º e ex-31.º), por 7-5, 7-6 (8/6).
Jaime Faria (233.º), que assegurou a entrada no qualifying de Roland-Garros, defronta esta quarta-feira o brasileiro Gustavo Heide (182.º).