Custo do trabalho sobe 6,2% no arranque de 2024

Custos salariais aumentaram em todos os sectores, com destaque para a Administração Pública.

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Encargos na função pública aumentaram acima de 9% no primeiro trimestre do ano Rui Gaudêncio
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O Índice de Custo do Trabalho (ICT), que mede os encargos dos empregadores com o trabalho por hora efectivamente trabalhada, aumentou 6,2% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao período homólogo, desacelerando o ritmo de subida que se tinha verificado nos três meses anteriores (quando o aumento tinha sido de 6,3%). De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos aumentaram em todas as actividades económicas, com destaque para a Administração Pública.

Esta evolução, refere o INE no destaque publicado nesta segunda-feira, “resultou da conjugação do acréscimo de 6,1% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 0,2% no número de horas efectivamente trabalhadas”.

No que respeita aos custos salariais, eles aumentaram 6,3% face a 2023 e aceleraram em relação aos 6% verificados no trimestre anterior. A Administração Pública é o sector que lidera esta componente, com os encargos dos serviços com as várias componentes dos salários a aumentarem 9,3%. O menor acréscimo verificou-se na construção (4,3%).

Os outros custos (que incluem seguros de saúde, indemnizações e a contribuição da entidade patronal para a Segurança Social) tiveram um aumento de 6,1%, ainda assim menor do que os 7,4% observados no final do ano passado. O sector público também lidera neste campo, tendo-se verificado um aumento de 9,2% destes encargos, enquanto o sector dos serviços registou a subida menos acentuada, de 4,2%.

As horas trabalhadas aumentaram em todas actividades, com excepção da Administração Pública. Contudo, o decréscimo de 3,2% no sector público acabou por influenciar a quebra do indicador global.

Em 2023, o ICT tinha já aumentado 5,3%, em termos anuais, tendo-se assistido a uma aceleração face aos 3,2% verificados em 2022.

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