Nuno Borges alcança inédita presença na terceira ronda de um Masters 1000

O tenista português levou a melhor sobre adversário do top 20.

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Nuno Borges ELOISA LOPEZ / REUTERS
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Não era o favorito no papel, mas no court 12 do Foro Italico, Nuno Borges mostrou-se à altura do desafio que o mais cotado Alexander Bublik, do top 20 da hierarquia mundial, lhe colocava e saiu vitorioso, em dois sets. Esta foi a segunda melhor vitória do tenista português em termos do ranking do adversário e em torneios da categoria Masters 1000. Confiante e em boa forma física, Borges tem legitimidade para sonhar em ir mais além do que a terceira ronda no Internazionali BNL d'Italia.

“Fiz um bom jogo, já estava à espera de tudo e mais alguma coisa do lado dele. Sei que ele varia imenso o jogo, pode fazer serviços por baixo, servir muito forte, primeiros serviços no segundo serviço… Mentalizei-me para tudo isso, mantive-me calmo e concentrado durante o jogo todo. Tive um ou outro momento menos bem conseguido, mas respondi muito bem e dar-me hipóteses para ganhar em dois sets. Fiquei muito contente”, admitiu Borges (53.º mundial), após vencer o cazaque Bublik (17.º), com um duplo 6-4 – sucesso só superado pela vitória no Open da Austrália deste ano, sobre Grigor Dimitrov, então 13.º mundial.

No set inicial, Borges aproveitou bem a irregularidade do adversário para assinar dois breaks. Após o primeiro, Bublik reagiu rapidamente, mas, a 3-4, não aproveitou os dois break-points e Borges confirmou a vantagem, que conservou até fechar a partida. Embora tenha cedido o serviço por mais duas vezes, Borges voltou a estar mais perigoso nos jogos de resposta do que Bublik, que, apesar do seu virtuosismo e imprevisibilidade, cedeu cinco dos 12 break-points que enfrentou no encontro de 80 minutos.

No domingo, o tenista da Maia defronta o surpreendente italiano Francesco Passaro (240.º), que veio do qualifying e ontem venceu o holandês Tallon Griekspoor (26.º), por 4-6, 6-3 e 7-6 (7/5). “Ganhar nestes torneios dá-me sempre boa confiança e vou usar isso para continuar a dar o meu melhor, estou a sentir-me bem. Vou com tudo”, adiantou Borges.

Já Novak Djokovic levou menos de hora e meia a entrar em acção no Internazionali BNL d'Italia, dominando Corentin Moutet (83.º), por 6-3, 6-1. Alexander Zverev (5.º), Grigor Dimitrov (10.º), Taylor Fritz (13.º), Bem Shelton (14.º) também avançaram no quadro, ao contrário de Casper Ruud (7.º), eliminado por Miomir Kecmanovic (58.º), com os parciais de 0-6, 6-4 e 6-4.

No challenger de Praga, o número dois português, Henrique Rocha (206.º) foi travado nos quartos-de-final de singulares pelo norte-americano Toby Kodat (370.º), por 6-1, 7-6 (7/3) e, juntamente com Jaime Faria, foi afastado nas meias-finais de pares.

Fim de carreira para Thiem

Entretanto, Dominic Thiem anunciou o fim da carreira no final de 2024. “Há algumas razões por detrás. Em primeiro lugar, o meu pulso não está exactamente como devia e como eu queria e a segunda razão são as minhas sensações. Pensei nisto muito cuidadosamente e durante muito tempo, pensei em todo o percurso como jogador. Foi uma experiência incrível, pela qual estou muito agradecido, e, por fim, cheguei à conclusão que esta é a decisão certa”, justificou o austríaco de 30 anos.

Thiem terminou no top 10 em cinco anos consecutivos (2016-2020) e atingiu o terceiro lugar do ranking em Março de 2020. Conquistou 17 títulos, dos quais 10 em terra batida, destacando-se o triunfo no US Open em 2018, além de duas presenças na final de Roland-Garros (2018 e 2019) e uma no Australian Open (2020).

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