Havia um erro significativo a lista de praias Qualidade de Ouro divulgada pela associação ambientalista Quercus na sexta-feira. Em vez de 356 praias com "Qualidade de Ouro", menos 38 do que na época balnear de 2023, são 420 praias com Qualidade de Ouro, mais 26 do que no ano passado, corrigiu a associação ambientalista nesta segunda-feira.

O erro deveu-se "a uma anomalia informática na extracção dos dados", justificou a Quercus, em comunicado.

As regiões Tejo/Oeste e Norte são as mais distinguidas, com 103 e 81 praias, respectivamente. Norte e Açores registam a maior subida (+16 e +14 galardões), enquanto a região do Algarve é aquela em que a descida de qualidade foi mais acentuada (-16 praias). Na Madeira, uma das praias saiu da lista.

Em comunicado, a associação indica que, das 420 praias galardoadas, 349 são costeiras (83%), 61 interiores (15%) e 10 de transição (2%).

No total distribuído pelo país, tiveram a classificação de Qualidade de Ouro 60 praias dos Açores, 31 da Madeira, 103 do Tejo e Oeste, 81 no Norte, 69 do Algarve, 45 do centro e 31 do Alentejo. Nas zonas do interior foram galardoadas 26 do Tejo e Oeste, 12 no Norte, 20 do centro e três do Alentejo. Nas praias de transição, obtiveram a distinção uma no Tejo e Oeste, três no Norte, duas no Centro, três no Alentejo e uma no Algarve.

Em comparação com 2023, segundo os dados da Quercus, registou-se uma diminuição das praias distinguidas nas regiões do Algarve (menos 16 galardões). No caso do Algarve, a descida do número de galardões foi na maior parte dos casos motivada pelo incumprimento do critério relativo às análises realizadas na época balnear 2023. Verificaram-se níveis de poluição algo persistentes, não inteiramente esclarecidos, mas para os quais poderá ter contribuído o impacte da pressão turística nesta região.

Segundo a Quercus, a descida do número de galardões foi na maior parte dos casos motivada pelo incumprimento do critério relativo às análises realizadas na época balnear 2023. "Verificaram-se níveis de poluição algo persistentes, não inteiramente esclarecidos, mas para os quais poderá ter contribuído o impacte da pressão turística em algumas regiões", indica a associação.

A Quercus salienta que, em algumas situações, "estes episódios de poluição originaram a interdições temporárias da prática balnear e tiveram reflexo nos parâmetros de Enterococcus intestinais e/ou Escherichia coli, tendo sido ultrapassados os valores máximos considerados na atribuição deste galardão".

A Quercus adianta que este ano se registaram nove zonas balneares estreantes, galardoadas pela primeira vez com Qualidade de Ouro, das quais cinco são interiores e quatro costeiras: Castelo Branco, Horta (Açores, costeira); Poças da Ribeira Grande, Ribeira Grande (Açores, costeira); Cavacos, Olhão (Algarve, costeira); Ereira, Montemor-o-Velho Centro, interior); Trabulo, Sátão (Centro, interior); S. João do Monte, Tondela (Centro, interior); Banda d’Além, Machico (Madeira, costeira); Albufeira de Alfaiates, Sabugal (Norte, interior); Fragas de S. Simão, Figueiró dos Vinhos (Tejo e Oeste, interior).

Os cinco municípios mais galardoados são Vila Nova de Gaia (19); Almada (17); Matosinhos (14); Vila do Bispo (13) e Torres Vedras (12).

A lista completa pode ser consultada neste link.

O galardão "Praia com Qualidade de Ouro" distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias de portuguesas, com base na informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efectuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas, segundo a associação ambientalista.

Para receber a classificação de praia com "Qualidade de Ouro", a água balnear tem de respeitar vários critérios, como uma qualidade da água "excelente" na classificação anual das cinco épocas balneares anteriores à última e todas as análises realizadas na última época balnear (2023) deverão ter apresentado resultados melhores em vários indicadores bacterianos.

Notícia alterada dia 13/05 às 17h21: Quercus corrigiu número de praias com Qualidade de Ouro