Concentração de pólen no continente com risco moderado a grave para alérgicos

Oliveira, pinheiro, sobreiro, carvalhos, ervas gramíneas, tanchagem, urtiga, azeda e urticáceas são os principais pólens que vão estar dispersos na atmosfera, diz Boletim polínico.

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É recomendável não fazer exercício ao ar livre quando as concentrações polínicas estão altas Daniel Rocha
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A concentração de pólen na atmosfera em Portugal continental a partir desta sexta-feira representa um risco moderado a elevado, alertou a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC). O alerta visa sobretudo as regiões da Beira Interior, Lisboa e Setúbal, Alentejo e Algarve.

No entanto, nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro, Entre Douro e Minho e Beira Litoral a previsão é de um risco baixo a moderado, porque a precipitação esperada a partir de segunda-feira pode reduzir a concentração do pólen, pelo efeito de "lavagem da atmosfera", adianta o Boletim Polínico para a semana a 10 a 16 de Maio.

Em alta está o pólen "das árvores oliveira, pinheiro, sobreiro e carvalhos e das ervas gramíneas, tanchagem, urtiga, azeda e urticáceas (que inclui a parietária)", diz o alerta. "Particularmente nas regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa e Setúbal e também no arquipélago da Madeira, observa-se a polinização do quenopódio. Enquanto, nas regiões do Norte e do Centro do país, ocorre a polinização da bétula", indica o boletim.

A SPAIC recomenda que os doentes fiquem atentos às previsões meteorológicas para complementar a informação que disponibiliza online. Ali o pólen é "maioritariamente proveniente das árvores pinheiro e cipreste (e/ou criptoméria nos Açores) e das ervas urticáceas (inclui a parietária), urtiga, tanchagem e gramíneas".

As alterações climáticas estão a “baralhar” o calendário polínico, fazendo com que a temporada de alergias se torne mais longa e difícil. O aumento das temperaturas, combinado com níveis mais altos de ozono e dióxido de carbono (CO2), pode não só prolongar a época de floração, mas também promover a dispersão geográfica de plantas que dependem do vento para disseminar o pólen, refere uma revisão publicada no ano de passado na revista científica EMBO Reports.

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