Patrícia Portela invade a praça para sonhar as revoluções futuras

Até domingo, o Largo de São Domingos, em Lisboa, recebe o Mercado das Madrugadas. Um espectáculo feito de histórias, de música, de comida e de vontade de mudança.

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Porque as revoluções se fazem na rua, este espectáculo tinha de ser numa praça, explica Patrícia Portela ALíPIO PADILHA
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Os relatos que se ouvem neste "mercado" inspiram-se em histórias que sucederam ao elenco, ou que os actores ouviram contar ALíPIO PADILHA
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Os relatos que se ouvem neste "mercado" inspiram-se em histórias que sucederam ao elenco, ou que os actores ouviram contar ALÍPIO PADILHA
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Patrícia Portela lembra-se bem de estar “gravidíssima” diante do ecrã e de escutar em directo o discurso em que Barack Obama cunhou a frase “Yes, we can” (com o duplo sentido, em português, de “sim, nós podemos” e “sim, nós conseguimos”). E lembra-se bem, embora tenha sido já em 2008, de ter-se sentido invadida por aquele vislumbre de um futuro radioso, de um amanhã melhor; da sensação de que tudo podia mudar na direcção certa de um mundo mais justo, solidário, igualitário, da utopia puxada para uma possibilidade terrena. Pegando no rasto dessa sensação, e no rastilho emocional das revoluções – essa crença absoluta na mudança, por vezes contra todos os sinais em contrário –, quis criar um espectáculo chamado Mercado das Madrugadas.

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