Quatro activistas climáticos detidos após bloquearem acesso ao Ministério da Saúde

Quatro activistas do Greve Climática Estudantil foram detidos esta quinta-feira, após bloquearem a entrada ao Ministério de Saúde. Os estudantes exigem o fim dos combustíveis fósseis até 2030.

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O protesto desta quinta-feira faz parte de uma onda de acções da Greve Climática Estudantil dirigidas a instituições públicas Rui Gaudêncio
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Quatro activistas do movimento Greve Climática Estudantil foram detidos esta quinta-feira, 9 de Maio, depois de terem bloqueado a entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa, confirmou à agência Lusa o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP.

De acordo com fonte do Cometlis, foram detidos três estudantes que se colaram na entrada do edifício e outro que se encontrava acorrentado. Em comunicado, o movimento que exige o fim dos combustíveis fósseis até 2030 disse que os três estudantes colados "foram retirados somente com recurso à força".

"Apesar das garantias iniciais por parte da polícia de que o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] iria ser chamado para salvaguardar o seu bem-estar, isso não aconteceu", acusam.

A porta-voz da acção de protesto, Teresa Núncio, citada no comunicado, afirmou que o "protesto era pacífico". "Estivemos aqui, hoje, a parar a normalidade de uma das instituições que nos estão a roubar o futuro. Não podemos consentir, como este ministério consente, com a condenação à morte de milhões de pessoas", salientou.

Os restantes estudantes que participaram na iniciativa vão convocar uma vigília de apoio aos quatro detidos, segundo o Greve Climática Estudantil.

O protesto faz parte de uma onda de acções dirigidas a instituições públicas, a que chamam "Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil". O grupo de jovens esteve desde o início de manhã desta quinta-feira concentrado a bloquear a entrada do edifício do Ministério da Saúde. Contactada pela Lusa, fonte da PSP disse que pelas 8h55 alguns elementos das autoridades estavam a "tomar as diligências necessárias" para que a entrada no edifico não fosse impedida aos funcionários do Ministério da Saúde.