Para lá do estereótipo, a violência doméstica não escolhe estatuto nem idade
Há uma “colisão” entre a imagem estereotipada da vítima de violência doméstica — cabisbaixa e submissa — e vítimas bem-sucedidas profissionalmente. Jurista da UMAR explica que crime é “transversal”.
Ainda há um estereótipo da vítima de violência doméstica — cabisbaixa, submissa e com idade pouco avançada. Se for muito velha, a tendência é apontar uma falta de capacidades mentais — “há uma condescendência com a idade”, explica Ariana Pinto Correia, psicóloga especializada em violência doméstica e de género. As vítimas que são muito bem-sucedidas nas suas áreas também podem ser “descredibilizadas” por isso. “Muitas vezes há uma performance, mentem diariamente porque têm vergonha do que está a acontecer”, esclarece a psicóloga.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.