As estações do ano alteram não só a paisagem terrestre, mas também a superfície do oceano. Isto porque a concentração de fitoplâncton segue padrões sazonais, como mostram as imagens do Copérnico, a exemplo de outros fenómenos que testemunhamos nos jardins e em espaços verdes.
O fitoplâncton – que consiste num conjunto de organismos aquáticos microscópicos, que flutuam na coluna de água e fazem fotossíntese – “prospera na Primavera e no Verão, beneficiando do aumento da luz solar e dos nutrientes da ressurgência”, explica a vertente do serviço europeu Copérnico dedicada ao oceano.
Este ciclo sazonal é considerado crucial para os ecossistemas marinhos, “influenciando as teias alimentares e contribuindo para a saúde geral do oceano”. A Primavera e o início do Verão são épocas comuns para testemunhar florações no hemisfério Norte.
Há dois anos, por exemplo, um fiorde da Noruega ficou “pintado” de azul-turquesa devido ao aumento descontrolado destes microrganismos que fazem fotossíntese: as algas e as cianobactérias. Apesar de invisíveis a olho nu, quando os organismos que compõem fitoplâncton se multiplicam e impulsionam o fenómeno, a floração pode ser vista do espaço.
As florações de fitoplâncton são consideradas indicadores da saúde de um ecossistema marinho. E daí a importância observar estes fenómenos para melhor gerir os recursos marinhos, sinalizando de forma atempada diferentes tipos de proliferação de algas ou outros aspectos ligados à qualidade das águas.