Itália proíbe aulas de ioga com cães bebés

O Ministério da Saúde italiano baniu esta semana aulas de ioga com cachorros. Estas sessões são agora consideradas “terapia assistida por animais” e limitam-se a cães adultos.

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As aulas de ioga com cachorrinhos têm como objetivo melhorar a qualidade de vida dos participantes DR/Pexels
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Cachorrinhos a passearem por aulas de ioga, a serem incorporados nas posições ou até a constituírem uma fonte de lazer no final das actividades. O conceito de puppy yoga, amplamente difundido pelos Estados Unidos e Europa, incluindo Portugal, é agora proibido em Itália.

A decisão foi divulgada no início da semana através de uma nota assinada por Giovanni Leonardi, chefe do departamento One Health do Ministério da Saúde italiano.

A actividade “com fins lúdicos e de socialização” tem como objectivo aprimorar a qualidade de vida dos participantes. Passa, agora, a inserir-se na categoria de “terapia assistida por animais”. Como consta na declaração, legalmente só podem ser utilizados cães adultos nas sessões, de forma a “proteger a saúde e o bem-estar dos animais, bem como a segurança dos utilizadores”.

O Ministério assume também estar ciente de associações que contactam directamente os criadores de cães para obterem cachorros de forma temporária para a realização destas aulas.

A entidade solicitou às autoridades regionais que realizassem verificações para garantir que sessões de puppy yoga não se realizassem.

O Comité Italiano para a Protecção de Animais congratulou a decisão. Citada pela BBC, a especialista em cães Giusy D’Angelo reconhece que o puppy yoga pode constituir uma actividade física e mentalmente stressante para os animais.

A especialista explica que existem participantes que se podem deixar levar pelas emoções e adoptar impulsivamente os cachorros. “As pessoas são tomadas por uma onda de emoção depois de experimentarem sensações de bem-estar pela proximidade com os cachorros. Isto pode levá-las a tomarem uma decisão sem pensarem nas implicações e consequências”, esclarece Giusy D’Angelo.

As queixas iniciais de abuso animal feitas ao Ministério Público de Milão foram levadas a cabo pela LNDC Animal Protection. Citada pela Sky, a presidente da associação, Piera Rosati, defende que as aulas consistem numa “verdadeira exploração para fins comerciais que não tem em conta a saúde psicofísica de criaturas ainda muito frágeis”.

No Instagram, a LNDC qualificou a decisão como uma “vitória rápida e inesperada”.

Texto editado por Renata Monteiro

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