Comissão criada pela Conferência Episcopal termina tradução do Novo Testamento

Fiéis podem opinar sobre trabalho produzido, mesmo que não saibam grego nem hebraico.

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Trabalho foi feito por 34 biblistas, portugueses e não só Manuel Roberto
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A Comissão da Tradução da Bíblia criada pela Conferência Episcopal Portuguesa anunciou a conclusão da nova tradução dos livros do Novo Testamento, com a publicação online dos textos provisórios das Cartas de Tiago e Judas.

Os dois livros foram colocados online na quarta-feira, seguindo-se agora um período de recepção de sugestões por parte dos leitores. O projecto teve início em 2012, quando, face à necessidade de fazer uma revisão das traduções dos textos bíblicos usadas na liturgia, a Conferência Episcopal avançou com a criação de uma comissão que, em Janeiro de 2019, publicou o volume "Os Quatro Evangelhos e os Salmos".

Desde então foi divulgada uma nova tradução de um livro da Bíblia a um ritmo mensal, alternando entre textos do Antigo e do Novo Testamento, tendo este ficado concluído com a divulgação das Cartas de Tiago e Judas na quarta-feira.

O projecto destina-se a chegar a "uma nova tradução para uso oficial da igreja católica em Portugal e, futuramente, nos outros países lusófonos em que se segue a tradução portuguesa dos livros litúrgicos - Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor", sublinhou o então bispo Anacleto Oliveira, na introdução ao volume "Os Quatro Evangelhos e os Salmos".

O trabalho envolve 34 biblistas da Associação Bíblica Portuguesa e de países de língua oficial portuguesa, como Brasil, Angola e Moçambique.

Tendo em atenção o objectivo de que os textos sejam compreensíveis para todos, foi decidido fazer uma auscultação àcerca da tradução produzida, pelo que os leitores podem fazer chegar à comissão, através do e-mail biblia.cep@gmail.com, "as achegas que considerem importantes".

O leitor "poderá não saber grego nem hebraico para opinar sobre a tradução em si, mas tem a sensibilidade para dizer, por exemplo, que determinada expressão não se entende e que será melhor procurar uma melhor forma de a traduzir", explica o padre Mário Sousa, coordenador da comissão. Os textos estão disponíveis em http://conferenciaepiscopal.pt/biblia.