No grau zero da política

Na cacofonia da AR, apagaram-se os últimos vestígios da razão. Não se sabe onde começa o Governo e acaba a oposição e vice-versa. A preocupação com o país e as pessoas não cabe neste festim

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1. Os líderes políticos parecem cada vez mais aqueles feirantes em cima de camiões a anunciar por determinado preço uma faca que depois dá direito a duas navalhas, três garfos, cinco colheres e por aí fora. Os portugueses ouvem-nos apresentar medidas no Parlamento sobre os impostos, sobre as Scut ou sobre as negociações laborais na função pública, puxam pela experiência e pela memória e avaliam-nos como merecem: como vendedores de banha-da-cobra. Com os assuntos do estado e as medidas para a governação levados para uma feira onde se grita muito e se compete para ver quem dá mais à clientela, o grau zero da política fica ao virar da esquina. Todos os partidos, com excepção do Chega, vão pagar caro esta atitude.

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