O dia (e mês) em que a realidade se despediu da inocência

Nem que fosse só pela inesquecível experiência desse dia luminoso, teria valido a pena. Como valeu.

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Ontem foi Primeiro de Maio. Celebrado nas ruas, em liberdade, tem sido assim há meio século. Mas não voltámos a vê-lo como em 1974, primeiro ano em que foi feriado devido ao 25 de Abril, porque ao Dia do Trabalhador juntou-se uma gigantesca festa da liberdade por todo o país. A quem pareça excessiva a palavra “gigantesca” (quem lá esteve, sobretudo em Lisboa, pode assegurar que não há qualquer exagero), nada melhor do que consultar os jornais da época ou os registos fonográficos e videográficos que nos ficaram dessas manifestações.

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