Liga dos Campeões: Borussia ganha vantagem para viagem a Paris

Golo solitário de Füllkrug resolveu jogo da primeira mão em Dortmund.

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Nuno Mendes e Jadon Sancho em duelo no Borussia-PSG FRIEDEMANN VOGEL / EPA
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O Borussia Dortmund bateu esta quarta-feira o Paris Saint-Germain, por 1-0, em jogo da primeira mão da meia-final da Liga dos Campeões, conseguindo uma vantagem mínima para a viagem a Paris.

Niclas Füllkrug marcou aos 36 minutos o golo solitário da eliminatória entre os alemães e o campeão francês, que apresentou dois portugueses no onze inicial, com Nuno Mendes de regresso e Vitinha no meio-campo.

O PSG pode queixar-se da ineficácia, sobretudo de Dembélé, e da infelicidade de Mbappé e Hakimi, com dois remates ao poste, num jogo em que o Borussia aproveitou o golo de vantagem para activar um jogo de transições venenosas que poderiam ter-se transformado num pesadelo para os franceses.

Contrariando um pouco as expectativas de Luis Enrique, tentado a apostar numa eliminatória com muitos golos, o jogo de Dortmund começou por oferecer pouco futebol de ataque puro.

Em matéria de oportunidades claras, até ao golo de Niclas Füllkrug (36’), a primeira meia hora resumira-se a um remate de Marcel Sabitzer, para defesa de Donnarumma, na sequência de uma perda de bola de Nuno Mendes.

Nesse período, com o lateral direito Hakimi a aproveitar o espaço criado no corredor pela deslocação de Dembélé para uma zona de apoio à dupla Mbappé e Barcola, e aparentemente sem outras formas para provocar desequilíbrios, os franceses viram-se condicionados na organização de um jogo capaz de promover momentos de aceleração que servissem a velocidade de Mbappé.

Tirando dois remates não enquadrados de Dembélé, os parisienses limitavam-se a gerir a posse de bola, com Vitinha a assumir o papel de condutor de jogo, mas sem que os avançados conseguissem ultrapassar a muralha amarela.

Na fase de grupos, em Paris, Edin Terzic optara por uma defesa a três, perdendo por 2-0. Agora, para além da linha de quatro, o treinador do Borussia colocou um segundo bloco de três médios vocacionados para congestionar o espaço na zona frontal da baliza, prendendo Mbappé num colete sem precisar de uma marcação dedicada ao astro francês, melhor marcador da competição, a par de Harry Kane.

Assim, o Borussia, depois de uma fase de submissão, encontrou numa ligação directa do central Schlotterbeck para o avançado Füllkrug a solução mais eficaz para desembrulhar o jogo, estabelecendo a vantagem com que fechou a primeira parte.

Vantagem que poderia ter ampliado em novo remate de Sabitzer a que Donnarumma respondeu com uma defesa fundamental para o PSG, salvo pelo apito para o descanso.

Luis Enrique, que já tinha sido forçado a trocar Hernández por Beraldo no final da primeira parte, não precisou de mexer no onze para encontrar as dinâmicas e o ritmo que levaram o PSG a revelar a sua melhor versão, ainda que sem conseguir evitar que o Borussia fosse uma equipa vertiginosa. Nessa medida, ao PSG faltou a eficácia de Mbappé e Hakimi, com dois remates sucessivos ao poste logo no recomeço.

Resposta demasiado branda para intimidar os alemães, que voltaram à carga em busca de um golo capaz de suavizar a viagem a Paris. Golo que esteve na iminência de conseguir num bom par de ocasiões, mas que foi adiando, colocando-se autenticamente no fio da navalha.

Kobel evitava o empate num remate de Dembélé e Schlotterbeck escapava à expulsão directa numa entrada dura sobre Nuno Mendes. Sinal de que o triunfo não estava garantido e que o PSG poderia equilibrar as contas da eliminatória a qualquer momento.

Na verdade, a 10 minutos do fim, Dembélé perdia soberana ocasião para empatar e confirmava a infelicidade dos franceses, que nem a veia goleadora de Vitinha mudou. O internacional português não fez melhor do que os colegas de ataque e o PSG começou a pensar mais seriamente na segunda mão.

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