1.º de Maio. CGTP: “As novas formas de trabalho não são mais do que um retrocesso nos direitos dos trabalhadores”

Neste P24 ouvimos o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira.

Nasceu depois de 1974, e afirma que os princípios de Abril estão em causa. É secretário-geral da CGTP e membro do comité central do PCP. Chama-se Tiago Oliveira e espera que a grande participação popular no dia 25 de Abril se repita neste primeiro de Maio, cinquenta anos depois da maior manifestação popular de sempre no país.

Para a CGTP, não faltam razões para que tal aconteça, devido ao resultado das últimas eleições e à precariedade e degradação das condições de trabalho. Basta dizer que 45% dos trabalhadores têm horários atípicos, que trabalham por turno, têm horários nocturnos ou trabalham ao fim-de-semana.

Apesar disso, a taxa de sindicalização tem vindo a descer. Caiu de mais de 63% para 15% em quatro décadas. Acrescente-se que o sindicalismo tradicional está de alguma forma ameaçado por protestos inorgânicos, que são convocados à sua revelia e sem a sua participação. O teletrabalho e as plataformas digitais são outros desafios. É um processo irreversível ou os sindicatos podem recuperar essa representatividade perdida? Uma coisa é certa, a contestação vai aumentar, garante o líder da maior central sindical portuguesa.

Nota: Por lapso, no áudio, o nome de Tiago Oliveira é referido de forma errada como Tiago Lopes. Ao visado as nossas desculpas.


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