Estudantes pró-Palestina fecham a Universidade Sorbonne de Paris

Protestos de estudantes que têm fechado universidades nos Estados Unidos da América chegaram à Europa.

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Estudantes reúnem-se em frente à Universidade Sorbonne em apoio aos palestinianos em Gaza Sarah Meyssonnier / REUTERS
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Manifestantes pró-Palestina invadiram a Universidade Sorbonne, em Paris, na segunda-feira, gritando "Palestina Livre" nos portões da universidade, enquanto alguns estudantes montavam tendas no pátio.

Dias depois de protestos semelhantes na escola de elite Sciences Po, em Paris, a concentração na Sorbonne é o mais recente sinal de que as manifestações nos campus dos EUA estão a transbordar para a Europa, no sétimo mês da guerra devastadora de Israel em Gaza.

“Não é possível entrar” nos edifícios desde cerca do meio-dia, escreve a AFP, que cita um comunicado da Universidade Paris 1-Panthéon Sorbonne, especificando que “a Sorbonne será fechada esta tarde por decisão da reitoria” e que as aulas e exames foram cancelados. Cerca de trinta activistas reuniram-se no interior da Sorbonne, onde foram montadas nove tendas no pátio e três no salão, e uma bandeira palestiniana colocada no chão, escreve o Le Monde.

Os protestos, que levaram a universidade a encerrar o edifício durante o dia, foram pacíficos, uma vez que os estudantes instaram a instituição, uma das mais antigas universidades do mundo, a condenar as acções de Israel.

A polícia esteve na rua junto à entrada principal, enfrentando um grupo de cerca de 50 estudantes, segundo um repórter da Reuters.

De acordo com as autoridades palestinianas, Israel matou pelo menos 34.488 palestinianos em Gaza, em represália a um ataque do Hamas a 7 de Outubro que matou 1200 pessoas e levou a que mais de 200 fossem feitas reféns, de acordo com os dados israelitas.

Vários políticos franceses, incluindo Mathilde Panot, que lidera o grupo de deputados de esquerda LFI na Assembleia Nacional, apelaram aos cidadãos nas redes sociais para se juntarem aos protestos na Sorbonne.