Rebentamento de barragem faz pelo menos 42 mortos no Quénia

O acidente desta madrugada fez subir para 140 o número de vítimas mortais resultantes das chuvas torrenciais e das inundações registadas desde o mês passado.

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Aldeia Kamuchiri de Mai Mahiu, no condado de Nakuru, Quénia Thomas Mukoya / REUTERS
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Pessoas procuram sobreviventes em Kamuchiri village of Mai Mahiu, Nakuru County, Kenya April 29, 2024. REUTERS/Thomas Mukoya Thomas Mukoya / REUTERS
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Pessoas procuram sobreviventes na aldeia de Kamuchiri em Mai Mahiu, Quénia Thomas Mukoya / REUTERS
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Um rapaz olha para um helicóptero que paira perto do local de busca e salvamento depois de fortes inundações terem destruído várias casas Thomas Mukoya / REUTERS
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Uma mulher passa por sofás que foram levados pela água depois de fortes inundações terem destruído várias casas na aldeia de Kamuchiri de Mai Mahiu, no condado de Nakuru, Quénia Thomas Mukoya / REUTERS
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Um homem cai enquanto usa um pau para atravessar um rio em Mai Mahiu, Quénia Thomas Mukoya / REUTERS
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Pelo menos 42 pessoas morreram em inundações na zona de Mai Mahiu, no centro do Quénia, depois de uma barragem ter rebentado na madrugada desta segunda-feira. O número de mortos poderá aumentar, segundo a polícia.

Imagens publicadas nas contas X dos meios de comunicação quenianos, da Cruz Vermelha do Quénia e das autoridades rodoviárias mostraram cenas do rescaldo das inundações, com árvores partidas e pelo menos um carro preso entre troncos e lama.

"Até ao momento, recuperámos 42 corpos, incluindo os de 17 menores, após o incidente ocorrido esta madrugada em que uma barragem rebentou na área de Kijabe e as operações de resgate e busca estão em curso", disse o comandante da polícia de Naivasha, Stephen Kirui, aos repórteres no local.

Na segunda-feira, a Cruz Vermelha do Quénia disse que tinha levado várias pessoas para um centro de saúde em Mai Mahiu. As últimas mortes elevam para mais de 140 o número de vítimas das chuvas torrenciais e das inundações registadas desde o mês passado. Excluindo o incidente de Mai Mahiu, os números do governo mostram que 103 pessoas foram mortas e mais de 185.000 foram deslocadas até segunda-feira. A Cruz Vermelha do Quénia declarou que o seu pessoal tinha recuperado dois corpos depois de um barco se ter virado, no domingo, no rio Tana, no condado de Garissa, no leste do Quénia. Vinte e três pessoas foram resgatadas do mesmo incidente.

Vários países afectados

Dezenas de pessoas foram mortas e centenas de milhares foram deslocadas devido a chuvas intensas noutros países da África Oriental, incluindo a Tanzânia e o Burundi. As inundações causaram danos generalizados nas infra-estruturas, tais como estradas e pontes. Uma passagem subterrânea no aeroporto internacional da capital, Nairobi, ficou inundada, mas os voos decorreram normalmente, informou a Autoridade dos Aeroportos do Quénia no domingo.

As barragens hidroeléctricas estavam cheias até à capacidade máxima, o que poderia levar a um transbordamento maciço a jusante, disse um porta-voz do governo.

A África Oriental também foi atingida por inundações recorde durante a última estação chuvosa, no final de 2023. Os cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a provocar fenómenos meteorológicos extremos mais intensos e frequentes.

O Ministério da Educação do Quénia adiou na segunda-feira o início de um novo período escolar por uma semana. "Os efeitos devastadores das chuvas nalgumas escolas são tão graves que será imprudente arriscar a vida dos alunos e do pessoal", declarou em comunicado.