Acolhimento de sem-abrigo na antiga Manutenção Militar divide moradores do Beato

Centro de apoio mudou-se para ali no final de Março. Junta de freguesia e parte da população temem efeitos da nova vizinhança na reputação do bairro. Mas há quem não se sinta nada incomodado.

RG Rui Gaudêncio - 19 Abril 2024 - Moradores opõem-se à frequência de pessoas em situação de sem-abrigo pelas ruas do Beato. o número aumentou após transferência do centro de apoio para a freguesia. Rua do Grilo. Lisboa. Público
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Muitos moradores e comerciantes do Beato dizem ter passado a assistir ao aumento de situações "degradantes" Rui Gaudêncio
RG Rui Gaudêncio - 19 Abril 2024 - Moradores opõem-se à frequência de pessoas em situação de sem-abrigo pelas ruas do Beato. o número aumentou após transferência do centro de apoio para a freguesia. Calçada de Dom Gastão. Lisboa. Público
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Apesar das vozes contra a mudança do CAEM para a freguesia, há quem diga nada ter contra a instalação desse equipamento no Beato Rui Gaudêncio
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“Há uma senhora que vai sempre ali ao café, senta-se na esplanada, pede um copo de vinho e fica a fumar o seu cigarro nas calmas. É muito simpática. A mim, não me incomoda nada. Mas é verdade que existem situações complicadas com essas pessoas”, diz Maria Correia, de 82 anos, nascida em Campo de Ourique, mas desde criança a morar no Beato. Ao comprar o jornal numa das principais papelarias do bairro, na central Rua do Grilo, a meio da manhã, é surpreendida pela pergunta sobre como vê a abertura do Centro de Acolhimento de Emergência Municipal (CAEM) para pessoas em situação de sem-abrigo, no início do mês, na vizinha Ala Norte da antiga Manutenção Militar. A sua reacção pode bem espelhar a ambivalência com que a comunidade encara a novidade.

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