“Dar um médico de família a 1,5 milhões de utentes rapidamente é uma utopia”

Sindicato Independente dos Médicos reúne-se na sexta-feira com a ministra da Saúde. Secretário-geral Nuno Rodrigues diz que reforma deve ser avaliada, mas que não deve ser feita “tábua rasa”.

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Nuno Rodrigues, presidente do Sindicato Independente dos Médicos Daniel Rocha
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reúne-se nesta sexta-feira com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins. O recém-eleito secretário-geral Nuno Rodrigues participou nas negociações com o anterior executivo e é o caderno de encargos que não foi cumprido que leva às negociações. Quer ver melhorias nas condições de trabalho, como a redução do horário semanal dedicado às urgências e progressão nas carreiras para evitar cenários, que continuam a acontecer, de urgências fechadas. Em entrevista ao PÚBLICO, afirma que a reforma das Unidades Locais de Saúde (ULS) — que juntou centros de saúde e hospitais sob a mesma administração deve ser avaliada, mas que não deve haver um recuo. Afirma que a capacidade de resposta do SNS ainda não está esgotada e que é possível dar mais acesso aos utentes. Quanto à promessa do Governo de dar uma resposta atempada nos cuidados de saúde primários, diz que faz sentido. Mas salienta: ser “médico de família não é dar uma consulta por ano”.

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