Dulce Maria Cardoso vence Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários
A autora de O Retorno e Eliete vence agora prémio da Associação Portuguesa de Escritores com o segundo volume de Autobiografia Não Autorizada.
A escritora Dulce Maria Cardoso venceu o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários com o segundo volume de Autobiografia Não Autorizada, revelou nesta sexta-feira a Associação Portuguesa de Escritores.
O júri decidiu premiar a autora por "uma obra composta por verdadeiras crónicas, (...) que prendem o leitor pela conjugação entre brevidade e intensidade do que é evocado e descrito". Em Autobiografia Não Autorizada surge uma prosa literária "de altíssima qualidade, que transporta o leitor para o que é o verdadeiro valor das circunstâncias de que são feitos os dias", justifica o júri.
O primeiro volume Autobiografia Não Autorizada (edição Tinta-da-China) foi publicado em 2021 e o segundo em 2023 e reúne crónicas, relatos pessoais e memorialísticos que Dulce Maria Cardoso escreveu para a revista Visão.
"O que eu conto lá é a partir da verdade, não quer dizer que seja a verdade. Pode ser ficcionado, posso nem partir de factos reais e colocar sentimentos verdadeiros, é a minha vida, eu tornei-me personagem, é a minha vida ficcionada, até quanto mais não seja pela memória que é sempre uma mistura de ficção e de imaginação", contou Dulce Maria Cardoso em 2021 à Lusa.
O Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Escritores em parceria com a Câmara Municipal de Loulé e tem um valor monetário de 15 mil euros.
Dulce Maria Cardoso, premiada autora de contos, crónicas e romance - nomeadamente O Retorno, Os Meus Sentimentos e Eliete -, receberá o prémio a 9 de Maio, dia do município de Loulé.
O júri foi constituído por Carlos Albino Guerreiro, Helena Carvalhão Buescu e Salvato Teles de Menezes.
Em edições anteriores, o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários distinguiu obras de José Tolentino Mendonça, Rui Cardoso Martins, Mário Cláudio, Pedro Mexia, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, José Eduardo Agualusa e Miguel Esteves Cardoso.