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Audre Lorde, marginal entre marginalizados
Figura maior do feminismo negro, precursora da teoria interseccional e da crítica decolonial, Audre Lorde não se encaixou em lado algum.
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O conceito woke, combustível das máquinas de indignação colectiva que são as redes sociais e tema recorrente de artigos de opinião mais ou menos catastrofistas, invadiu o espaço público. Toda a gente já ouviu falar de identidade de género, mesmo que não saiba exactamente do que se trata. O racismo e o sexismo nunca foram tão esmiuçados, perscrutando-se as suas manifestações mais subtis. Nem sempre foi assim. Ainda não há muitas décadas, o conjunto de reivindicações associadas ao termo da discórdia encerrava-se nos corredores das faculdades e nas páginas de revistas académicas semiobscuras.
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