Hamas publica vídeo de refém sequestrado desde 7 de Outubro

Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, foi raptado de Israel no dia 7 de Outubro. No vídeo, pede ao governo israelita que o ajude a regressar a casa.

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Hersh Goldberg-Polin foi raptado a 7 de Outubro no festival Supernova DR
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O Hamas publicou, nesta quarta-feira, um vídeo em que se vê Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos. O jovem, com dupla nacionalidade, israelita e norte-americana, foi uma das 253 pessoas raptadas pelo grupo islamista no ataque terrorista do dia 7 de Outubro que fez ainda cerca de 1200 mortos.

O vídeo, detalha a imprensa israelita, com três minutos de duração foi partilhado na plataforma Telegram. Não é possível confirmar a data em que foi gravado, mas Hersh Goldberg-Polin, que nas imagens aparece com uma das mãos amputadas, diz que está raptado "há cerca de 200 dias", o que indica que terá sido filmado há pouco.

O jovem, que estava no festival Supernova no momento em que o Hamas desencadeou o ataque, pede ao governo israelita que o ajude a regressar a casa. Segundo escreve o jornal Haaretz, Goldberg-Polin nasceu na Califórnia e mudou-se, depois, em 2008 para Israel. A sua mãe, Rachel, foi escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, já neste ano, pela revista Time, depois de se ter reunido com dezenas de líderes mundiais, incluindo o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Papa, na campanha de sensibilização para a libertação dos reféns do Hamas.

Dos 253 reféns levados para Gaza, 105 foram libertados nos sete dias em que durou a trégua de Novembro, em troca de prisioneiros palestinianos que estavam encarcerados nas cadeias de Israel. Por essa altura, já o Hamas tinha libertado quatro reféns. Depois disso, as IDF conseguiram resgatar três pessoas com vida e trouxeram do enclave os corpos de 12 (contando com militares mortos já na guerra lançada por Israel), incluindo três reféns mortos por engano pelas IDF.

Por esta altura, crescem também os receios de que o número de reféns ainda com vida seja realmente baixo. No início de Abril, os EUA, que têm acompanhado os avanços e recuos nas negociações entre o Hamas e Israel para um novo cessar-fogo, admitiam que a maioria dos reféns poderia estar já sem vida.

“Em privado, responsáveis israelitas e norte-americanos estimam que o número de mortos pode ser muito superior”, escreveu o diário The Wall Street Journal. “Algumas estimativas dos EUA indicam que a maioria dos reféns já estão mortos”, lê-se ainda no diário, que cita responsáveis que conhecem as informações dos serviços secretos sobre o tema.

O Hamas já publicou anteriormente vídeos semelhantes de reféns, naquilo que as autoridades de Israel consideram "ser uma deplorável guerra psicológica".

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