Despesa em protecção do ambiente aumentou 18% em 2021, indicam dados do INE
Instituto Nacional de Estatística diz que o aumento deve-se às variações positivas nas principais componentes: despesa de consumo final (20,8%), consumo intermédio (22,6%) e investimento (6,1%).
A despesa nacional em protecção do ambiente (DNPA) aumentou 18% em 2021, superando a evolução nominal do produto interno bruto (PIB), que foi de 7,7%, segundo dados oficiais. O aumento, indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira, deveu-se às variações positivas nas principais componentes: despesa de consumo final (20,8%), consumo intermédio (22,6%) e investimento (6,1%).
"Todos os sectores institucionais da economia contribuíram para esta evolução positiva. Nas Sociedades, responsáveis por 60,0% da DNPA, observou-se um crescimento de 24%, nas Administrações Públicas e nas Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias o aumento foi de 6,0%, e nas Famílias foi de 17,2%", indica o INE.
Segundo o instituto, os dois domínios do ambiente mais relevantes para a DNPA explicam o comportamento positivo: na gestão dos resíduos, responsável por 44,7% do valor total, observou-se um crescimento de 20,5% e na gestão das águas residuais (que contribuiu com 29,9% para a despesa total) o aumento foi de 18%.
Em 2021, o peso da DNPA no PIB (1,8%) situou-se abaixo da média da União Europeia (UE) (2,2%). A despesa por habitante em Portugal foi quase metade da média da UE.
À excepção de 2017, a DNPA tem aumentado em termos nominais desde 2014. Em 2021 situava-se nos 3,9 mil milhões de euros.