Universidades portuguesas ganham 12 milhões das Redes Doutorais Marie Curie

Foram seleccionadas 128 propostas a nível europeu para financiamento das bolsas Marie Curie, incluindo cinco propostas lideradas por Portugal.

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Objectivo do programa é financiar doutoramento internacionais, exigindo um trabalho de consórcio Matilde Fieschi
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Instituições portuguesas ganharam 12 milhões de euros das Redes Doutorais de Acções Marie Sklodowska-Curie, o maior valor de sempre, para projectos que irão desenvolver com instituições de outros países.

Dos 1066 consórcios de instituições que concorreram, foram seleccionadas para financiamento 128 propostas, cinco das quais lideradas por instituições portuguesas, revelou à Lusa fonte do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, uma das vencedoras.

Além do Iscte, também foram seleccionados um projecto da Universidade Nova de Lisboa, dois da Universidade do Minho e uma da Universidade de Coimbra, instituições que irão trabalhar em consórcio com pelo menos outras duas instituições de outros dois países, segundo as regras.

As Redes Doutorais de Acções Marie Sklodowska-Curie são um instrumento do programa Horizonte Europa que tem como objectivo financiar programas de doutoramento internacionais, exigindo um trabalho de consórcio que ligue instituições de vários países.

Nos últimos anos, a captação de financiamento das instituições portuguesas tem vindo a aumentar: "Em 2021 foram captados 6,61 milhões de euros, em 2022 subiu para 7,91 milhões e em agora para 12,09 milhões", salientou o Iscte, que pela primeira vez vai liderar o consórcio, tendo recebido três milhões de euros.

O projecto liderado pelo Iscte contará com outras cinco universidades - da Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, e Israel - e quatro parceiros da indústria e investigação, tendo como objectivo desenvolver uma fibra óptica com mais capacidade, menores custos e consumo de energia reduzido.

"A nova geração de fibra ótica irá permitir baixar os custos, reduzir o consumo de energia e aumentar significativamente a capacidade das redes de comunicações em mais de dez vezes, mantendo-se tão compatível quanto possível com a infra-estrutura actual", afirma Adolfo Cartaxo, docente e investigador do Iscte e coordenador desta rede doutoral.