25 de Abril em trânsito. “Passa-se qualquer coisa em Lisboa”

Saíram para trabalhar num dia de ditadura e regressaram a casa com a Revolução nas ruas. Histórias de quem trabalhava na altura na Marinha Mercante e na TAP e viveu o dia 25 de Abril longe do país.

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Em 1974, Fenella Bhawnani era hospedeira da TAP e estava em Luanda
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“Foi um voo emocionante. Os passageiros estavam tão ansiosos como nós. Acho que nunca tive um voo em que os tripulantes e os passageiros estivessem tão próximos — havia uma alegria no ar, uma cumplicidade e, ao mesmo tempo, alguma angústia. Mas sobretudo muita ansiedade. Alguns passageiros faziam-nos muitas perguntas porque pensavam que o pessoal da TAP tinha informação privilegiada, mas nós sabíamos tanto como eles”, diz Vítor Atalaia, que tinha 27 anos anos e era tripulante da TAP em Abril de 1974, quando se deu o golpe militar.

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