Ucrânia: Procuradoria de Kiev contabiliza 545 crianças mortas na invasão russa

Entre as vítimas mais recentes, na sexta-feira, um menino de 8 anos e uma rapariga de 14 morreram em consequência de um bombardeamento na cidade de Sinelnikovo.

Foto
Funeral de duas crianças mortas num ataque russo em Uman, em Abril do ano passado CARLOS BARRIA / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:37

A Procuradoria-Geral da Ucrânia informou este sábado que desde o início da invasão russa, em Fevereiro de 2022, o número de crianças ucranianas mortas devido ao conflito é de 545, enquanto 1289 ficaram feridas em graus variados de gravidade.

Entre as vítimas mais recentes, na sexta-feira, um menino de 8 anos e uma rapariga de 14 morreram em consequência de um bombardeamento na cidade de Sinelnikovo, na região de Dnipropetrovsk (centro da Ucrânia), enquanto um rapaz de 6 anos estava gravemente ferido.

Além disso, na região de Mykolaiv (Sul), um adolescente de 14 anos ficou ferido no ataque da cidade de Solonchaki, segundo a procuradoria ucraniana.

Nos últimos meses, a Ucrânia tem sofrido intensas campanhas de bombardeamentos das forças de Moscovo contra as suas principais cidades e infra-estruturas energéticas, provocando vítimas civis.

Ao mesmo tempo, a Ucrânia tem realizado uma série de ataques em profundidade em território russo, que também têm causado mortes de civis.

Há vários meses que as autoridades de Kiev reclamam mais armamento e munições para conter os raides aéreos da Rússia e as progressões dos seus militares nas frentes de combate no leste do país.

Além das vítimas da ofensiva militar russa, crianças ucranianas nas regiões ocupadas têm sido deportadas à força para a Rússia, onde são expostas a campanhas de propaganda pró-Moscovo, adopções e até treino militar.

As deportações de menores ucranianos levaram o Tribunal Penal Internacional a emitir mandados de detenção contra Vladimir Putin, Presidente da Federação Russa, e Maria Lvova-Belova, comissária para os direitos da criança do Kremlin.