Montenegro sublinha em Bruxelas “fortíssimo” compromisso com o projecto europeu
O primeiro-ministro garantiu que o reforço da competitividade “é um objectivo tão europeu quanto português”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, sublinhou esta quarta-feira, em Bruxelas, que Portugal mantém um "fortíssimo" compromisso com o projecto europeu, quer na política interna, quer na externa, nomeadamente a respeito da Ucrânia e do Médio Oriente.
"O compromisso de Portugal com o projecto europeu é fortíssimo", disse Montenegro, que se reuniu, antes do começo da cimeira europeia com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pela primeira vez na qualidade de primeiro-ministro.
Em declarações aos jornalistas, Montenegro sublinhou o empenho de Portugal em colaborar "com os propósitos que estão na agenda" da reunião extraordinária dos líderes da União Europeia (UE).
O reforço da competitividade, especificou, "é um objectivo tão europeu quanto português", defendendo que a Europa tem se ser forte no mundo e Portugal forte na Europa, "para termos um Portugal forte no mundo".
Em relação aos temas de política externa, de segurança e defesa, o primeiro-ministro salientou a participação portuguesa na ajuda da UE à Ucrânia e "no auxílio financeiro, político e humanitário ao povo ucraniano".
Em relação à situação no Médio Oriente, defendeu a necessidade de se encontrar uma solução que evite uma escalada da violência.
Referindo que Portugal foi dos primeiros países a condenar o recente ataque do Irão a Israel, Montenegro defendeu, mais uma vez, que o caminho para a paz na Faixa de Gaza passa por um cessar-fogo imediato e pelo reconhecimento da Palestina como membro pleno na Organização das Nações Unidas.
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referiu que Portugal é um Estado-membro "muito importante" na UE, adiantando que conta com o primeiro-ministro para desempenhar um papel importante nos desafios da Europa.
Os líderes da UE reúnem-se, esta quarta e quinta-feira, num Conselho extraordinário dedicado à competitividade, à ajuda à Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.