Ex-“all black” assume o comando da selecção nacional de râguebi

O treinador Simon Mannix assumiu um compromisso com a Federação Portuguesa de Rugby para os próximos quatro anos.

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Simon Mannix assinou um contrato de quatro anos com a Federação Portuguesa de Rugby FPR
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Conta no currículo com um jogo com a camisola dos míticos “all blacks” – em 1994 contra a França – e passagens por clubes de renome mundial, como os Hurricanes, na Nova Zelândia, ou os Sale Sharks, em Inglaterra. Depois do falhanço na contratação do francês Sébastien Bertrank, que esteve menos de um mês no comando da selecção portuguesa de râguebi após o Mundial 2023, a Federação Portuguesa de Rugby apresentou Simon Mannix. O treinador neozelandês, de 52 anos, assumiu um compromisso para os próximos quatro anos com os “lobos” e vai “dividir o tempo entre Portugal e França”.

Com um currículo como técnico construído na Europa, onde treinou clubes como o Racing Métro e o Munster (como adjunto) e o Section Paloise, onde trabalhou com o internacional português Samuel Marques, Mannix estava actualmente no comando do Biarritz, antepenúltimo classificado da Pro D2, a segunda divisão de França.

Para o novo seleccionador português, a oportunidade de assumir a liderança de Portugal foi recebida com “entusiasmado”, sendo que esta será “uma oportunidade incrível” para “continuar a melhorar” uma equipa que “entusiasmou toda a gente” no último Mundial 2023.

Dessa forma, Mannix afirma que “o grande objectivo é participar no Mundial 2027, alcançando “um muito bom rendimento”, uma vez que com “o novo formato do Mundial, Portugal tem de estar lá não só para participar, mas para competir”.

Após elogiar Patrice Lagisquet, que liderou os “lobos” entre 2019 e 2023, e “cujos resultados, exibições e estilo de jogo falam por si”, o neozelandês afirmou que pretende “continuar a desenvolver um estilo de râguebi que encaixe nos jogadores portugueses”: “São capazes de praticar um râguebi entusiasmante, a jogar a bola e o espaço. Essa sempre foi a minha filosofia em todas as equipas que treinei. Não gosto de correr contra uma parede e, por isso, não peço aos meus jogadores que o façam. Quero a bola a circular e que tenhamos as capacidades físicas e técnicas para o fazer.”

Mannix socorreu-se ainda de alguns dos conhecidos valores dos “all blacks”, para explicar que “representar uma selecção nacional” terá de ser algo “profundo”. “O que espero do jogador português é que venha jogar por algo mais importante. Independentemente de ser pago ou não, o que eu espero é que a sua atitude seja merecedora de representar a selecção nacional.”