FC Porto bate V. Guimarães e vai defender o título com o Sporting
“Dragões” sobreviveram a nova entrada em falso para garantir um lugar na final da Taça de Portugal, a quarta nos últimos cinco anos.
O FC Porto confirmou, esta quarta-feira, no Dragão, com triunfo (3-1) - 4-1 na eliminatória - sobre o V. Guimarães, a 34.ª presença em finais da Taça de Portugal, onde dia 26 de Maio poderá chegar ao 20.º título na "prova rainha" frente ao Sporting.
Os detentores do troféu até entraram em falso, sofrendo um golo no primeiro ataque dos vitorianos, mas encontraram serenidade e capacidade para inverter o resultado e garantir o apuramento numa meia-final em que nunca estiveram virtualmente eliminados.
O Vitória não podia ambicionar um melhor início de jogo, com um golo de Afonso Freitas no primeiro minuto. De resto, um retrato fiel do momento do FC Porto, mergulhado numa crise existencial bem plasmada nos resultados que o deixam já matematicamente arredado da discussão do título.
A vantagem conquistada em Guimarães esfumava-se num lançamento lateral, com dois ressaltos perdidos pela defesa “azul e branca” e o lateral esquerdo dos minhotos a confirmar o golo junto ao poste, em cima da linha.
Com seis alterações em relação à equipa que “penou” ante o Famalicão no Dragão — motivadas pela lesão de Diogo Costa, pela expulsão de Evanilson e por questões internas de âmbito disciplinar de Jorge Sánchez e Ivan Jaime —, o FC Porto reabilitou Taremi, que não era titular desde 29 de Dezembro, com o iraniano a retribuir com um golo.
O Vitória - que saiu vitorioso do Dragão para a Liga - fez, igualmente, ajustes, com a troca na baliza de Bruno Varela por Charles a ser a mais relevante. E seria precisamente Charles o segundo protagonista da noite, ao varrer Francisco Conceição, com o VAR a alertar Artur Soares Dias para a infracção que Taremi transformou em igualdade no jogo e vantagem na eliminatória.
Com três jogadores em risco — Tiago Silva, Borevkovic e Manu — o Vitória estava obrigado a um jogo mais cerebral, para evitar cometer um erro que lhe roubasse o sonho de voltar ao Jamor sete anos depois da última presença numa final da Taça.
E, com o FC Porto numa busca desenfreada pelo segundo golo, valeu Charles a negar por duas vezes a festa “azul e branca”. Os vimaranenses só voltaram a soltar-se no período de compensação, de novo com um lançamento lateral de Jota, ousadia com preço elevado, a possibilitar uma transição fatal, com Francisco Conceição a sublimar o papel de agente provocador e a marcar o segundo da noite antes do descanso.
Nélson Oliveira desperdiçava a última ocasião da primeira parte e o FC Porto estava cada vez mais perto de fechar a eliminatória e juntar-se ao Sporting na final, a quarta dos “dragões” nas últimas cinco edições.
Cenário confirmado na segunda parte, de domínio quase absoluto dos portistas, mas que só à entrada do último quarto de hora, depois de Galeno ter esgotado todas as vidas com uma ineficácia absurda, ficou decidido com um golo de Pepê, principescamente servido por Romário Baró, numa das primeiras intervenções do médio no jogo.
O Vitória estava praticamente eliminado, mas não resignado, lutando até final, mas com a certeza de que o Jamor terá de ficar para outra oportunidade.