Em Nome da Terra: a terra a quem a desenha
Esta adaptação demasiado ambiciosa de um romance do prémio Nobel Wladyslaw Reymont não consegue justificar a sua opção pela animação.
Na origem de Em Nome da Terra está um tour de force escrito nos primeiros anos do século XX pelo romancista polaco Wladyslaw Reymont, Prémio Nobel da Literatura em 1924: um fresco histórico em quatro volumes e mais de mil páginas sobre o quotidiano de uma aldeia rural, tendo como personagem central Jagna, uma jovem que quer mais do que o destino lhe pode dar, tornada em presa de um patriarcado implacável e misógino. Escolha pelo menos curiosa para o casal formado pela artista polaca Dorota Kobiela Welchman e pelo seu marido, o produtor britânico Hugh Welchman, para suceder a A Paixão de Van Gogh (2017), um pequeno sucesso de culto inteiramente realizado em animação de pintura a óleo que procurava reproduzir a estética do lendário artista neerlandês.
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