Manuel Alegre: “Não é do meu temperamento ser poder — é mais ser contrapoder”

Manuel Alegre foi a voz da liberdade contra o fascismo, o gonçalvismo, o neoliberalismo, em defesa dos valores do socialismo democrático. Agora, conta a sua vida e a do país num livro essencial.

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Nuno Ferreira Santos
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“Mesmo na noite mais triste / Em tempo de servidão / Há sempre alguém que resiste / Há sempre alguém que diz não.” Aos 87 anos, o autor destas palavras continua a resistir e a insistir na defesa de uma sociedade republicana, que cuida de valores como a justiça social, a igualdade, a solidariedade e a fraternidade. Depois de uma vida rara e heróica na primeira linha do combate em defesa da liberdade, Manuel Alegre publicou mais um livro. A obra Memórias Minhas é um memorial à história recente de Portugal, através de uma reflexão profunda sobre o seu percurso de vida pessoal, literária e, sobretudo, política. O livro é apresentado, na segunda-feira na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, por Jaime Gama e Isabel Soares, mas também por Guilherme d’Oliveira Martins, em representação daquela instituição.

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