Catarina Miranda entre os finalistas do Salavisa European Dance Award

A coreógrafa portuguesa é candidata a este prémio com o moçambinano Idio Chichava, a marroquina Bouchra Ouizguen, a franco-argelina Dalila Belaza e a anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza.

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A coreógrafa Catarina Miranda está entre os cinco finalistas do Salavisa European Dance Award 2024 Marco Silva Ferreira
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O espectáculo Dream is The Dreamer, de Catarina Miranda José Caldeira
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O moçambicano Idio Chichava Michel Picraws
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A anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza Pat Cividanes
,Paris
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A franco-argelina Dalila Belaza Luca Ianelli
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A marroquina Bouchra Ouizguen Leila Alaoui
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A portuguesa Catarina Miranda, o moçambicano Idio Chichava, a marroquina Bouchra Ouizguen, a franco-argelina Dalila Belaza e a anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza são os cinco finalistas candidatos ao Salavisa European Dance Award 2024 (SEDA), divulgou esta sexta-feira em comunicado a Fundação Calouste Gulbenkian.

O prémio, que está na sua primeira edição, distingue artistas que “demonstrem talento ou qualidades especiais na área da dança” e será atribuído de dois em dois anos. No valor de 150 mil euros, este prémio foi criado no ano passado pela Gulbenkian com o intuito de homenagear o legado do bailarino, professor e director artístico português Jorge Salavisa (1939-2020).

Os nomeados à edição deste ano do SEDA têm carreiras diversas e foram seleccionados por um Comité de Nomeação composto por Danjel Anderson (da Dansehallerne, na Dinamarca), Kristien De Coster (do KVS, na Bélgica), Tiago Guedes (da Maison/Biennale da la Danse, em França), Gintare Masteikaite (da Joint Adventures, na Alemanha), Cristina Planas Leitão (convidada pela portuguesa Fundação Calouste Gulbenkian), Rio Rutzinger (da ImPulsTanz, na Áustria) e Alistair Spalding (da Sadler's Wells, no Reino Unido).

Cada um, explica a fundação no referido comunicado, em representação de uma das sete instituições europeias que constituem o SEDA. A escolha foi feita a partir de uma primeira lista de 21 candidatos, depois cada instituição parceira associa-se a um especialista convidado para escolher e propor três artistas e é a partir dessa lista que o Comité de Nomeação selecciona os cinco finalistas, como é explicado no site da Fundação Gulbenkian dedicado ao prémio.

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Corbeaux, de Bouchra Ouizguen Hasnae El Ouarga

Caberá agora a um júri analisar o trabalho dos cinco nomeados e escolher o vencedor. O júri será constituído pela coreógrafa e bailarina dinamarquesa com uma companhia sediada em Bruxelas Mette Ingvartsen, pela brasileira Nayse López, directora artística do Festival Panorama e curadora convidada do projecto Forum, da Bienal de Dança de Lyon, e pelo curador, produtor e dramaturgo de Singapura Fu Kuen Tang, que foi director do Teatro Internacional de Bergen e do Festival de Artes de Taipé.

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O espectáculo Mailles, de Dorothée Munyaneza Angel Origgi

Heranças culturais

A portuguesa Catarina Miranda é licenciada em Coreografia pelo Instituto Internacional de Coreografia/Centro de Montpellier e em Artes Visuais pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto. “Trabalha com linguagens que cruzam o movimento, a cenografia e a luz, abordando o corpo como receptáculo da transformação”, lê-se na nota biográfica, e “tem criado várias peças caracterizadas pela construção de topografias ficcionais”.

O moçambicano Idio Chichava iniciou a sua carreira num grupo de dança tradicional moçambicana, dedicou-se depois à dança contemporânea e colabora desde 2005 com a Kubilai Khan Investigations, em França. “Em 2012, fundou a companhia Converge+ centrada em performances que juntam o canto e a dança. De regresso a Maputo em 2020, tem criado oficinas, encontros e espectáculos que "promovem a descentralização da arte das cidades para as periferias”, é referido no comunicado.

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A peça Vagabundus, de Idio Chichava Mariano Silva

A bailarina e coreógrafa Bouchra Ouizguen vive em Marraquexe, onde se “tem empenhado em desenvolver o panorama da dança local”, manifestando “preocupações com a sociedade, as artes visuais e a arte popular marroquina”. Tem um trabalho multidisciplinar, onde usa o som, a performance e o vídeo.

Dalila Belaza é artista associada da Briqueterie, o Centro Nacional de Desenvolvimento Coreográfico de Val-de-Marne, em Paris, e tem trabalhado “as memórias profundas do corpo” em busca de “sentido e de elevação”.

Com uma herança cultural muito diversa, Dorothée Munyaneza que viveu no Ruanda, em Londres, Paris e Marselha utiliza no seu trabalho a música, o canto, o texto e o movimento, entrando em diálogo com parceiros que vão de performers a músicos, passando por uma designer e uma artista visual.

Um deles será o vencedor da Salavisa European Dance Award e o seu nome vai ser anunciado em Novembro numa cerimónia na Fundação Calouste Gulbenkian. O seu trabalho vai ser depois apresentado nos diversos palcos das instituições culturais parceiras da Gulbenkian.

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