Um jogo de presa e predadores, à laia de Pinter e Tarantino
Na segunda peça da trilogia de Pau Miró que os Artistas Unidos estreiam, a encenação de Leões por António Simão alimenta-se de uma história que nunca se conta na totalidade.
Um homem chega com uma camisa ensanguentada a uma lavandaria que já fechou as portas aos clientes. É noite, o negócio de bairro já se encontra em horário de descanso. Mas a urgência deste caso é grande e, portanto, uma lavandaria onde este aflito jovem adulto se pode livrar de vestígios de sangue toma a forma de um oásis, talvez até mesmo de uma miragem. Quer que lhe lavem a camisa, pagando o que for preciso, e pôr-se rapidamente a caminho de casa – ainda vive em casa dos pais, mas já conduz o seu próprio carro – livre de quaisquer vestígios.
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