O amor, o direito a ser diferente e a liberdade nas marionetas do FIMFA

Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas regressa entre 9 de Maio e 2 de Junho. Será a sua 24.ª edição, espalhada por oito salas na capital.

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Fábulas antropofágicas para dias fascistas Henning Photo
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Arachnobot Lorcan Doherty
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La (nouvelle) ronde RAYNAUD DE LAGE
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Vinte e dois espectáculos constam da programação da 24.ª edição do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA), a decorrer de 9 de Maio a 2 de Junho, em oito salas de Lisboa.

Quatro espectáculos de rua para toda a família abrem o festival, a 9 de Maio, no Castelo de São Jorge: proveniente do Reino Unido, Tim Davies traz Arachnobot, uma marioneta de cinco metros de altura em formato de aranha, enquanto a companhia belga PikzPalace, por exemplo, apresenta Boucherie Bacul, uma criação em que talhantes trabalham com animais de peluche e bonecos abandonados, segundo a programação do FIMFA.

Fábulas antropofágicas para dias fascistas, criação da estrutura brasileira Pigmalião Escultura que Mexe, encerra o evento, a 2 de Junho, no São Luiz.

Realizado num contexto de "turbulência mundial", a edição de 2024 do FIMFA foi "pensada como um espaço de partilha e de discussão", tendo como mote a "ideia de liberdade". O festival aborda temas como o amor, o direito a ser diferente, as convulsões sociais, a guerra ou os campos de refugiados, sem deixar de assinalar os 50 anos do 25 de Abril, acrescentou a organização.

Somando mais de 100 apresentações, o 24.º FIMFA leva a Lisboa "reputadas companhias, criadores e novos valores, na sua maioria em estreia nacional", com colectivos portugueses e estrangeiros provenientes da Bélgica, França, Países Baixos, Jordânia, Lituânia, República Checa, Brasil e Reino Unido.

Produzido pela companhia A Tarumba — Teatro de Marionetas, que tem como directores artísticos Luís Vieira e Rute Ribeiro, o FIMFA apresentará também, ao longo de 25 dias, espectáculos no LU.CA — Teatro Luís de Camões, no Museu de Lisboa — Palácio Pimenta, no Teatro Romano, no Teatro do Bairro e na Cinemateca Portuguesa.

La (nouvelle) ronde, espectáculo do encenador francês Johanny Bert inspirado na obra de Arthur Schnitzler, e Goupil & Kosmao, do artista francês de nova magia e manipulação de objectos Étienne Saglio, constam das criações a ocupar o São Luiz.

Entre muitos outros espectáculos, O Estado do Mundo (Quando Acordas), criação da companhia Formiga Atómica (de Inês Barahona e Miguel Fragata) sobre o ambiente e o impacto da acção humana no planeta Terra, estará em cena no Teatro Taborda.